Polícia Civil investiga desvio de R$ 6 milhões de hospitais destinados ao combate de Covid-19

As irregularidades teriam ocorrido em contratos de gestão relacionados à administração de quatro hospitais goianos.

Postado em: 16-09-2021 às 08h55
Por: Ícaro Gonçalves
Imagem Ilustrando a Notícia: Polícia Civil investiga desvio de R$ 6 milhões de hospitais destinados ao combate de Covid-19
As irregularidades teriam ocorrido em contratos de gestão relacionados à administração de quatro hospitais goianos | Foto: Divulgação/ Polícia Civil

A Polícia Civil de Goiás (PC-GO), por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR), deflagrou nesta quinta-feira (16/09) a Operação Parasitas, com objetivo de investigar desvios de recursos públicos da área da saúde no ano de 2020 durante a pandemia causada pelo vírus Covid-19.

As investigações revelaram indícios de esquema criminoso instalado na Organização Social Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar – IBGH, que teria resultado no desvio de cerca de seis milhões de reais destinados a compra de materiais e insumos hospitalares destinados principalmente ao combate da pandemia.

As irregularidades teriam ocorrido em contratos de gestão relacionados à administração do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP), dos Hospitais Estaduais de Pirenópolis (HEELJ), Jaraguá (HEJA) e de Urgências da Região Sudoeste, em Santa Helena de Goiás (HURSO), e em centros médicos voltados a tratamento de pacientes de Covid-19 no estado do Amapá.

Continua após a publicidade

A ação contou com 123 policiais civis. Foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão, sendo 21 em Goiânia e dois no estado de São Paulo, em Buritizal e Ituverava. A Polícia Civil também apreendeu valores e bens dos investigados no montante de 6 milhões de reais, que serão destinados à reparação dos danos causados ao erário.

Segundo a Polícia Civil, empresas de fachada registradas em nomes de laranjas foram contratadas em regime de urgência para o fornecimento de materiais hospitalares. Após o pagamento das despesas, foi detectado que parte do dinheiro teria retornado a pessoas intimamente ligadas aos gestores da Organização Social, em esquema de lavagem de dinheiro.

Os crimes investigados são de Constituição de Organização Criminosa (Lei 12.850/13, art. 2º), Falsidade Ideológica (CP, art. 299), Peculato (CP, art. 312) e de Lavagem de Dinheiro (Lei 9.613/98, art. 1º).

As investigações tramitam na 1ª Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem de Dinheiro de Goiânia.

Veja Também