PMGO afasta policial envolvido em agressão a advogado na Capital
O caso foi gravado e o vídeo repercutiu negativamente nas redes sociais. A Ordem dos Advogado do Brasil (OAB) repudiou o episódio
Por: Nielton Soares
O caso foi gravado e o vídeo repercutiu negativamente nas redes sociais. A Ordem dos Advogado do Brasil (OAB) repudiou o episódio e exigiu o afastamento dos agentes envolvidos, além da abertura de um procedimento de investigação.
Por nota, a PMGO informou que “instaurou um procedimento disciplinar administrativo para apurar os fatos e ainda determinou o afastamento das atividades operacionais do policial militar global na abordagem. A Polícia Militar reforça que não compacta com qualquer tipo de excesso e que o caso está sendo apurado com o devido rigor “.
Relembre
A agressão ao advogado Orcélio Ferreira Silvério Júnior ocorreu em 21 de julho deste ano, durante uma ação do Grupamento de Intervenção Rápida Ostensiva (GIRO), em frente ao terminal da Praça da Bíblia.
A polícia chegou a informar que uma equipe abordava uma “flanelinha” suspeito de ameaçar e tenter extorquir motorista da região, quando houve a intervenção do defensor.
Ao chegar ao local, após denúncias, os policiais descobriram que o suspeito tinha registros criminais por “roubo, ameaça, desacato e três mandados de prisão cumpridos, atualmente em liberdade condicional”.
Quando estavam fazendo a abordagem, o advogado teria intervindo, invadindo “o perímetro de segurança”. Ele anunciou aos policiais sobre sua profissão, e teria recusado mostrar a carteirinha da ‘ordem’, segundo a polícia, chegando a desferir “um soco no rosto de um dos policiais militares, quando o policial tentou afastá-lo do local da abordagem”.
“Após a abordagem, todos os envolvidos foram conduzidos para uma central de flagrantes da Polícia Civil para as devidas providências legais”, informou o comunicado da PM.
Na sequência, a OAB (seção de Goiás) se mobilizou para cobrar uma atitude das autoridades sobre o caso. Segundo a entidade, por nota, houve “truculência” e “despreparo” dos policiais.
Acerca do vídeo, a OAB destaco que os agentes agiram “de forma desmedida, empregando força além da necessária para o caso, em total descompasso com garantias constitucionais, legais, e até mesmo contra as disposições contidas no Procedimento Operacional Padrão (POP) da Polícia Militar do Estado de Goiás “.