Suspeito de aplicar golpes pelo telefone fazia até quatro vozes diferentes

Para enganar vítimas, o líder do esquema se passava por militar e pastor que venderiam ágio de carro; quatro foram presos pela Polícia Civil

Postado em: 22-09-2021 às 17h02
Por: Giovana Andrade
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Para enganar vítimas, o líder do esquema se passava por militar e pastor que venderiam ágio de carro; quatro foram presos pela Polícia Civil. | Foto: Reprodução

O líder de uma quadrilha que aplicava golpes por telefone em Goiás foi preso, com outros três comparsas, nesta terça-feira (21/09). Conforme o criminoso explica em um áudio revelado durante as investigações, ele usava quatro vozes diferentes para enganar as vítimas.

“Cada telefone tem um código. Cada telefone tem uma voz. Tem que ler atrás, lembrar que voz é, para depois atender a pessoa. Vocês acham que a minha vida é fácil. É corrido”, narra o suspeito de aplicar os golpes. Segundo a polícia, ele teria facilidade em fazer as imitações.

Para aplicar o golpe, a quadrilha fazia falsos anúncios de venda de ágio de carros na internet e em jornais de grande circulação. Quando a vítima ligava interessada no automóvel, o golpista se identificava como um militar do Corpo de Bombeiros e dizia que já tinha vendido o carro, mas que conhecia um pastor evangélico que estaria vendendo outro do mesmo modelo.

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Em seguida, o falso pastor dizia para a vítima que estava prestes a vender o veículo para um garageiro, mas que, caso a primeira parcela do valor do carro fosse depositada com urgência, fecharia o “negócio” com a vítima. O anúncio da quadrilha atraía as vítimas porque a prometia a venda com parcelas de financiamento reduzidas.

Mais de 30 pessoas foram enganadas e o grupo criminoso lucrou mais de meio milhão de reais, segundo estimativa da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos.

A Polícia Civil já identificou mais de 20 pessoas que emprestaram cartões de crédito para o esquema. Além de quatro mandados de prisão temporária, também foram cumpridos três mandados de busca e apreensão. A quadrilha agia desde 2019 e o líder do esquema já foi preso pelo mesmo crime em 2014.

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