Grupo comprava maconha por meio de consórcio

De acordo com o delegado titular da Denarc, o objetivo do consórcio era juntar dinheiro para adquirir a droga em quantidade maior e com preço de atacado

Postado em: 14-06-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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De acordo com o delegado titular da Denarc, o objetivo do consórcio era juntar dinheiro para adquirir a droga em quantidade maior e com preço de atacado

Rhudy Crysthian 

Um grupo suspeito de comprar grandes quantidades de maconha por meio de um consórcio entre traficantes, em Goiás e no Mato Grosso do Sul foi desmantelado nesta terça-feira (13) por meio de uma operação da Polícia Civil com o apoio da Militar. Foram cumpridos 13 mandados de prisão e apreendidas mais de duas toneladas de drogas com o bando. 

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De acordo com o delegado Vinícius Teles, titular da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), o objetivo do consórcio era juntar dinheiro para adquirir a droga em quantidade maior e com preço de atacado. Segundo o investigador, a quadrilha era organizada em dois núcleos. “Todos eles eram traficantes, que formavam este consórcio para facilitar a compra e aumentar os rendimentos. Entre eles havia o núcleo goiano, formado pela maior parte de integrantes do consórcio. O líder do grupo em Goiás reunia os recursos, negociava com um fornecedor no Mato Grosso do Sul e a maconha era trazida para Goiânia”, afirmou.

A Operação Plenus foi deflagrada na manhã desta terça-feira e cumpriu 11 mandados de prisão em Goiânia, Cezarina, Indiara, um em Campo Grande e outro em Ponta Porã (MS). De acordo com a Polícia Civil, as investigações começaram há 6 meses com o apoio do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope).

Segundo a Polícia Civil, o núcleo da quadrilha em Goiás era comandado por José Humberto Vieira Ataíde Júnior, que negociava a compra da droga com Geraldo de Oliveira Santos, apontado como o fornecedor. Os recursos eram reunidos por José Humberto por meio de um consórcio feito com outros traficantes.

“O grupo, aqui coordenado por José Humberto, angariava um determinado valor com os traficantes e ia até o fornecedor geral em Ponta Porã, realizava o pagamento. Outro grupo era responsável pelo transporte da droga, trazia até Goiânia e outra pessoa guardava para a distribuição. Era uma organização criminosa com divisão de tarefas”, explicou o delegado.

As investigações apontaram Veridelber Leonardo do Nascimento como responsável pela guarda da droga em Goiânia. Já o transporte da droga para Goiás era feito, segundo a polícia, por Larry Cris Vieira de Moura, Edimar da Silva de Medeiros, Wagner de Oliveira Quadros, Matheus Reis da Silva e Uelton dos Santos Moncão. Matheus e Uelton continuam foragidos.

O delegado afirma que, apesar das apreensões acontecerem em várias cidades, o foco da quadrilha era a venda de maconha na Região Metropolitana de Goiânia. A polícia investiga se o grupo também vendia droga para outros estados.

“É possível que haja uma distribuição de droga para outros estados. Mas o que apuramos de concreto nos autos é que era Goiânia e Região Metropolitana, gerando um faturamento médio de R$ 600 mil por mês para o grupo”, revelou. 

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