Em 1 ano, 3 abatedouros de cavalo são fechados em Aparecida

Fiscais resgataram 8 cavalos em abatedouro

Postado em: 29-09-2021 às 08h38
Por: Maiara Dal Bosco
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Fiscais resgataram 8 cavalos em abatedouro | Foto: Reprodução

Um abatedouro clandestino de cavalos foi fechado esta semana em Aparecida de Goiânia. Em menos de um ano, esta é a terceira ocorrência relacionada a abatedouro clandestino de equinos no município. Antes da ocorrência desta semana, já haviam sido fechados abatedouros clandestinos no município em maio deste ano e em dezembro de 2020.

Fiscais da Secretaria de Meio Ambiente de Aparecida (Semma), com apoio do Serviço de Inteligência da Guarda Civil Municipal, chegaram até o local da denúncia desta semana, no Bairro Itapuã, por meio de denúncia anônima, constatando crimes de maus-tratos e sanitário. A suspeita é que a carne dos animais era vendida no comércio do município. Ele afirmou que,

De acordo com a Semma, no abatedouro foram encontrados oito cavalos em situação de maus-tratos e que possivelmente seriam sacrificados. Os animais foram resgatados pelo órgão de fiscalização e levados para uma chácara da cidade, com o intuito de tentar recuperar as condições físicas destes animais. O responsável pela área será identificado, multado e responsabilizado pelos atos cometidos no local.

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“Pelas características verificadas esse abatedouro clandestino é o mesmo que funcionava na Cidade Vera Cruz e que havia sido interditado pela fiscalização em maio deste ano. Em razão das irregularidades constatadas e da reincidência, iremos aplicar penalidades administrativas, no que compete ao município executar, e acionar também a Delegacia de Polícia Civil para que sejam tomadas as providências penais”, afirmou o secretário municipal de Meio Ambiente, Cláudio Everson.

3ª ocorrência

Ao jornal O Hoje, Cláudio Everson descreveu o cenário de horror encontrado pelos fiscais. “Nossos fiscais com 30, 40 anos de experiência se assustaram com o que encontraram no local. A forma com que os cavalos eram abatidos se dava por meio de sangramento. Eles sangravam até morrer”, pontua.

“Em maio, chegamos no local – na Cidade Vera Cruz e encontramos uma situação de abatedouro clandestino. Nos deparamos com restos mortais, cavalos vivos e cortes preparados, a exemplo de peças que encontramos no açougue. Não há dúvida de que seriam destinados para venda no comércio local”, afirmou o Secretário.

Segundo ele, já nesta última ocorrência, além dos cavalos encontrados, a equipe de fiscalização contabilizou carcaças e restos mortais de outros 15 cavalos. “Não achamos os cortes prontos, mas o modus operandi é mesmo da ocorrência anterior. Além disso, as pessoas envolvidas são as mesmas”, destacou Cláudio.

Já em dezembro de 2020, na Região de Chácaras – Serra das Areias também funcionou por vários anos um abatedouro de cavalos. “No local, havia muito material e muitos restos. Além de um abatedouro, virou um cemitério clandestino”, afirmou o Secretário.

Maus-tratos

Agora, segundo informou o titular da Semma, as investigações seguem à cargo da Polícia Civil. “A pessoa que estava no abatedouro no momento da chegada de nossa equipe foi conduzida à Delegacia. Ela estava envolvida na ocorrência de maio. Cumprimos com a parte administrativa de nossa competência: autos, recuperação dos animais. Agora a parte penal seguirá a cargo da Polícia Civil”, finalizou.

Em Aparecida de Goiânia, a Lei Municipal 3.456, de 15 de novembro de 2019, estabelece sanções e penalidades administrativas para aqueles que praticarem maus-tratos aos animais, abandono, lesão por espancamento, lapidação, por instrumentos cortantes, contundentes, por substância química, escaldantes, tóxicas, por fogo ou outros, sujeitando-os a qualquer experiência que infrinja a Lei Federal nº 11.794, de 8 de outubro de 2008, prática ou atividade capaz de causar-lhes sofrimento, dano físico ou mental ou morte.

A pena de multa estabelecida será arbitrada pelo órgão de fiscalização com base nos critérios definidos pela legislação, no valor mínimo de R$ 200 e o valor máximo de R$ 200 mil, observando a gravidade dos fatos, tendo em vista os motivos da infração e suas consequências para a saúde pública e para a proteção animal. A aplicação de penalidades previstas no Código Penal fica sob responsabilidade da autoridade policial. (Especial para O Hoje)

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