Quinta-feira, 28 de março de 2024

Entenda por que a Santa Casa rompeu contrato e ficou sem cirurgiões

Santa Casa corre risco de desassistência, diz entidade

Postado em: 30-09-2021 às 08h19
Por: Daniell Alves
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Santa Casa corre risco de desassistência, diz entidade | Foto: Reprodução

A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia teria rompido de forma unilateral o contrato com a Cooperativa Médica dos Angiologistas e Cirurgiões Vasculares de Goiás (Coopvasc). Em nota, a Cooperativa afirma que recebeu com surpresa a decisão e classifica ainda como arbitrária e injustificada, e que isso deixa um ‘vácuo de desassistência’ aos pacientes.

De acordo com o médico e presidente da Coopvasc, Daniel Alexandrino, o serviço de cirurgia vascular ocorre há mais de 30 anos. Até o ano de 2019, eram seis cirurgiões que faziam parte da equipe. Após o vínculo com a Cooperativa, a Santa Casa passou a ter 22 profissionais.

“Quando a Cooperativa entrou houve uma melhoria na prestação de serviço. Hoje, tem mais de 1.500 guias autorizadas de procedimentos e consultas de pacientes, que aguardam para fazer cirurgia vascular. Estávamos seguindo o contrato e não chegou nenhum comunicado prévio ou mesmo negociação e de forma súbita foi emitida uma notificação judicial por parte da diretoria executiva rompendo o contrato que tinha sido renovado de forma espontânea. Estamos aguardando qual será a postura, porque é um prejuízo muito grande para a sociedade e principalmente para os pacientes”, informa.

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A Cooperativa afirma que, no último dia 8, a diretoria da Santa Casa decidiu romper o contrato com a Coopvasc sem justificativas ou motivos explicitados “Em um comparativo em relação a outros hospitais, a Santa Casa é de fato o pilar hoje no estado de Goiás, para atender toda a abrangência de cirurgias vasculares, então, todo tipo de procedimento vascular se faz alí”, disse Daniel.

Santa Casa alega que não houve rompimento

Em nota, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia esclarece que não houve rompimento unilateral do contrato firmado entre o hospital e a (Coopvasc. “Ao contrário da divulgação feita pela Coopvasc em suas redes sociais, o que foi comunicado à Cooperativa pela Santa Casa foi a não renovação automática descrita no contrato, que vence em 30/09/2021”, diz o comunicado.

Segundo a entidade, devido à aproximação deste prazo de vencimento e na incerteza de verbas orçamentárias para o custeio do referido contrato, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia notificou a Coopvasc sobre essa não renovação automática neste momento.

Em reunião entre a Coopvasc e a superintendência geral da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia foi acertada a continuidade do trabalho da Cooperativa no hospital somente até o dia 8 de outubro, quando será feita outra reunião para avaliar a possibilidade de assinatura de um novo contrato. “O hospital lamenta a distorção dos fatos e segue trabalhando para que a assistência à população não seja afetada”, finaliza a nota. (Especial para O Hoje)

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