Justiça nega pedido de liberdade provisória de trio suspeito de cometer estupro coletivo

Informações apontam que festa foi organizada por irmão de policial acusado e polícia busca identificar outros três participantes do crime

Postado em: 13-10-2021 às 16h25
Por: Maria Paula Borges
Imagem Ilustrando a Notícia: Justiça nega pedido de liberdade provisória de trio suspeito de cometer estupro coletivo
Informações apontam que festa foi organizada por irmão de policial acusado e polícia busca identificar outros três participantes do crime | Foto: Reprodução

Três suspeitos de cometerem um estupro coletivo contra uma jovem de 25 anos em Águas Lindas, em Goiás, no último sábado (09/10), vão continuar presos. O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) negou o pedido de defesa dos investigados para liberdade provisória sem fiança, a polícia busca identificar outros três participantes do crime.

“O plantão judiciário não se destina ao reexame de matéria já apreciada, e, no caso, o pedido de concessão da liberdade provisória do requerente já fora examinado em sede de plantão judiciário, nos autos de prisão em flagrante, ausente alteração fática que justifique o seu reexame neste momento”, afirmou o juiz Leonardo Lopes dos Santos Bordini na decisão.

O Ministério Público de Goiás (MPGO) solicitou a conversão da prisão em flagrante do trio em preventiva. A vítima dos abusos sexuais reconheceu os suspeitos na 17ª Delegacia de Polícia, que assumiu o cargo. A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Goiás continuará as investigações.

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Segundo a delegada Tamires Teixeira, o foco é identificar outros envolvidos no caso. “Trabalhamos com prazo muito curto. [O inquérito] tem que ser remetido para o Judiciário em dez dias. Nossa meta agora é identificar esses outros autores e conseguir prendê-los”.

Em depoimento à polícia, a vítima relatou que estava em uma festa e, pela manhã, depois de ter bebido e usado narguilé, duas mulheres lhe falaram para descansar em um quarto. Em seguida, um subtenente teria entrado no quarto, acordado a vítima e a ameaçado com uma arma, cometendo o estupro.

Conforme relatos da mulher, logo depois, cinco homens, entre eles um irmão do militar, se revezaram para abusar da vítima ao longo de toda a manhã. Além disso, contou que as agressões ocorriam enquanto ela pedia socorro, porém não obteve ajuda.

De acordo com ela, em um momento de distração dos agressores conseguiu escapar do local e foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros. A vítima foi atendida no Hospital Municipal Bom Jesus e foi feito, em seguida, o exame de corpo de delito pelo Instituto Médico Legal (IML), comprovando as agressões.

Após a denúncia, os suspeitos foram presos na casa em que os estupros aconteceram. A corporação não afirmou se o subtenente da Polícia Militar do Distrito Federal irá receber outras sanções.

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