Cresce para 33% alerta sobre balões

Especialista aponta perigos. Prática é crime no Brasil desde o fim dos anos 1990.

Postado em: 28-06-2017 às 17h45
Por: Guilherme Araújo
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Especialista aponta perigos. Prática é crime no Brasil desde o fim dos anos 1990.

Em comparação ao mesmo período de
2016, o número de balões que cortam os céus e oferecem perigo a aeronaves
cresceu 33% no primeiro semestre de 2017. O Centro de Investigação e Prevenção
de Acidentes notificou 295 casos de balões próximos a aeronaves contra 221 do
ano passado. Perigosos não somente para o espaço aéreo, mas também no que diz
respeito à causa de incêndios clandestinos, o período de festas juninas deve
contribuir para que os números cresçam.

O aumento no número de balões
detectados em rotas trouxe prejuízos ao Brasil. O país já figurou em uma lista
na área de aviação aeronáutica onde foram listados países em zona de guerra. O
espaço aéreo brasileiro foi classificado pela Federação Internacional de
Pilotos Comerciais (Ifalpa) como “criticamente deficiente”.

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Shailon Ian, engenheiro aeronáutico
formado pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e presidente da Vinci Aeronáutica,
afirma o perigo vai além da possibilidade de interromper o tráfego aéreo
em um aeroporto, causando adiamento de pousos e decolagens. “as unidades
menores podem não ser detectadas por radares e aumenta ainda mais os riscos de
colisão
com aeronaves”

A legislação

Desde incêndios clandestinos
em áreas urbanas que podem atingir grandes proporções até queimadas em áreas
verdes de difícil combate, a soltura de balões pode acarretar prejuízos
incalculáveis às pessoas e ao meio ambiente. Justamente por isso a prática de
soltar balões é proibida no Brasil desde 1998, sendo considerada crime
ambiental.

A pena pode
chegar a até três anos de detenção e pagamento de multa. Membro do Conselho
Regional de Biologia, o biólogo Giuseppe Puorto explica que a lei não intimida
a ação dos baloeiros. “Por isso, é importante maior rigor no combate à prática,
principalmente por meio de denúncias, até mesmo em casos apenas de suspeita”,
defende o Biólogo.

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