Noite de terror choca população quando bebê é arrancado da barriga da mãe

Nenhuma das vítimas sobreviveram. Durante depoimento, suspeita apresenta sinais de frieza, indiferença e descontrole

Postado em: 28-06-2017 às 19h00
Por: Lucas de Godoi
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Nenhuma das vítimas sobreviveram. Durante depoimento, suspeita apresenta sinais de frieza, indiferença e descontrole

Amanda de Oliveira

Na noite da última
terça-feira (27) o assassinato de Naiara Silva da Costa, 22 anos, que teve o
seu bebê arrancado da barriga por Suellen Coimbra do Carmo, 27 anos, chocou a
população. O
crime aconteceu em Nerópolis, município localizado na Região Metropolitana de
Goiânia.

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De acordo com a delegada responsável pelo caso, Azuen
Magda Albarello, no depoimento em que Suellen narra como conheceu Naiara e como
teria ocorrido o crime, a suspeita se mostrou uma pessoa bastante fria,  indiferente e as vezes descontrolada. “
Em alguns momentos do depoimento ela mostrou
descontrole, mas logo recuperava a forma fria que narrava os fatos”, conta a
delegada.

A suspeita é de que o crime teria sido motivado pelo interesse de Sullen
em ter um bebê, já que sofreu um aborto há cerca de dois meses, o que não foi
confirmado por laudo médico até o fechamento da reportagem. Nesse caso, Naiara
teria sido a vítima escolhida para ela matar e ficar com o recém-nascido.  Pelos fatos apurados, as duas não possuíam
relação de amizade e se conheceram há cerca de uma semana, pelo Facebook. 

Em depoimento na tarde desta quarta-feira (28), o companheiro de Naiara
confirmou que Suellen havia proposto a doação de enxovais e mantimentos à eles,
que estavam na cidade há apenas três semanas. Ele ainda conta que Suellen
esteve em sua casa para negociar as doações, mas na ocasião ele não estava
presente. Quando Naiara saia para ir até Nerópolis receber a contribuição da
suspeita do crime, o companheiro ainda a alertou e pediu para ter cuidado.

A psicóloga Maria Helena Arruda, escutada pelo O Hoje, acredita que se
confirmado o fato de Suellen ter perdido um bebê recentemente, há uma grande
possibilidade do crime estar relacionado a uma depressão pós-parto. “As pessoas
podem questionar: mas depois de dois meses? A depressão aconteceu quando ela
perdeu o bebê. Ali ela não elaborou o luto, ela não aceitou a perda, não
enfrentou a realidade. Ali ela sai do real e começa a planejar o que faria”,
expõe Maria Helena.

Apostando nesse episódio, a psicóloga ainda explica que por uma questão
hormonal, a percepção do real e do que é certo ou errado fica turvo na cabeça
do indivíduo que sofre o acontecimento. “E aí para não enfrentar a realidade, ele
vai para a fantasia. Nesse caso, a fantasia é: eu tenho que ter um bebê. Eu
tinha um bebê, mas ele morreu. O que eu não posso é viver a minha dor, a minha
perda. Então eu vou ter que ter um bebê. Se eu vou roubar e se eu vou matar a
mãe, faz parte do plano”, declara.

Maria Helena acredita que a reação insensível de Suellen durante o
depoimento à delegada, pode não estar ligada à uma psicopatia, já que não houve
comportamentos estranhos até o momento da perda do bebê. “
Ela
pode estar fria por causa do choque, mas não como uma questão voltada a psicopatia”,
analisa.

Fotos: Divulgação PM

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