Quinta-feira, 28 de março de 2024

Primeiro supercomputador para inteligência artificial na América Latina chega à UFG

O equipamento será um reforço para a comunidade científica, acadêmica e empresarial

Postado em: 21-10-2021 às 11h27
Por: Augusto Sobrinho
Imagem Ilustrando a Notícia: Primeiro supercomputador para inteligência artificial na América Latina chega à UFG
O equipamento será um reforço para a comunidade científica, acadêmica e empresarial | Foto: Reprodução

A Universidade Federal de Goiás (UFG) inaugura, nesta quinta-feira (21/10), a nova infraestrutura de tecnologia focada em executar projetos de inteligência artificial (IA) para pesquisa e indústria. A instituição, que é responsável por criar o primeiro curso superior de bacharelado em IA do Brasil, apresenta para o setor de educação goiana um sistema universal para todas as cargas de trabalho de IA.

O NVIDIA DGX A100 é supercomputador que tem poder de processamento equivalente ao de aproximadamente 100 mil computadores convencionais iguais àqueles que as pessoas possuem em casa ou no escritório. É o servidor de IA mais rápido do mundo. O equipamento irá auxiliar com projetos de automação de textos jurídicos, sintetização de voz artificial e reconhecimento de fala.

O Centro de Excelência em Inteligência Artificial (Ceia) da UFG é a primeira instituição na América Latina a utilizar a versão inédita deste computador. O coordenador do Ceia e diretor do curso de Redação de IA na UFG fala sobre a importância desse equipamento para a pesquisa na universidade e sobre o uso dele, que deve ser em torno de 20Tb de dados por mês.

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“Atualmente é difícil imaginar fazer IA de ponta sem o uso de GPUs potentes e modernas como a NVIDIA A100. Nós temos vários projetos que estavam aguardando a chegada deste equipamento. A DGX será utilizada 24 horas por dia, 365 dias por ano. Foi instalada com toda a sua capacidade comprometida até meados de 2023”, disse.

Além disso, de acordo com diretor da divisão Enterprise da empresa para América Latina, Marcio Aguiar, esse é um grande passo para a comunidade científica, acadêmica e empresarial. O supercomputador teve custo de R$ 1,4 milhão e foi adquirido com investimento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), do Governo de Goiás.

Comparando os resultados obtidos com equipamentos antigos, o investimento em uma versão anterior da GPU (uma DGX-1), que ocorreu em 2017, trouxe um retorno direto de aproximadamente oito vezes do valor investido. No caso da DGX-A100, já foram fechados contratos que arrecadaram um valor superior ao que foi investido. Pelas estimativas da UFG, até o final de 2022 o retorno será recorde.

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