Julgamento dos acusados de matar o prefeito de Monte Alegre de Goiás em 1999, é adiado

Crime teve como motivação a ganância do então vice-prefeito em assumir o cargo político exercido pela vítima

Postado em: 21-10-2021 às 16h51
Por: Alexandre Paes
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Crime teve como motivação a ganância do então vice-prefeito em assumir o cargo político exercido pela vítima | Foto: Reprodução

Os réus Antônio Pereira Damasceno, conhecido por Toinho; José Roberto Pinheiro Macedo, o Zé de Filó; Floriano Barbo Rodrigues Neto e Luiz Carlos Medeiros, o Galego, foram submetidos a julgamento pela 4ª Vara de Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia. O julgamento que estava marcado hoje (21/10) foi suspenso após um dos acusados não apresentar defesa alegando falta de tempo e outro recusar advogado da Defensoria Pública.

Os réus são os suspeitos de terem assassinado em 1999 o prefeito de Monte Alegre de Goiás, José da Silva Almeida, conhecido como Zé da Covanca. O MPGO foi representado pelo promotor de Justiça, Paulo Brondi. O Juiz Antônio Fernandes de Oliveira deu um prazo de 10 dias para que os acusados constituam um advogado de confiança e, caso não ocorra, o Tribunal nomeará um defensor público a eles.

Relembre o caso

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O crime teria acontecido em 25 de agosto de 1999, em Monte Alegre de Goiás e teria motivação política. Antônio Pereira Damasceno, então vice-prefeito do município, rompeu com o prefeito e teria sido o mandante do crime. Suas expectativas eram de que, com a morte da vítima, ele assumiria a chefia do Poder Executivo.

José Roberto Pinheiro Macedo, foi servidor público na administração de José de Almeida, o prefeito que foi assassinado. Contudo, Macedo foi demitido do cargo. Com isso, ele se juntou a Antônio Pereira Damasceno e, segundo o MPGO, teria sido o responsável por agenciar a contratação e o transporte dos pistoleiros para a cidade.

O policial civil, Floriano Barbo Rodrigues Neto, também havia sido demitido e se juntou ao outros dois mesmo sabendo que um crime aconteceria. Ele emprestou seu veículo para que José Roberto levasse mantimentos aos pistoleiros.

Para cometer o crime, um dos três pistoleiros contratados foi Luiz Carlos Medeiros, e foi negociada uma quantia em dinheiro. Ele já era conhecido por ter participado do sequestro de Wellington Camargo, irmão dos cantores sertanejos Zezé di Camargo e Luciano.

Todos os réus respondem pelos crimes previstos no artigo 121 (homicídio), parágrafo 2º, incisos I (crime cometido mediante paga ou promessa de recompensa) e IV (praticado à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima.

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