Conselheiros tutelares e suplentes de Goiânia têm mandatos cassados

Ação aponta esquema de boca de urna. Entre as denúncias estão poder político e institucional e dos meios de comunicação.

Postado em: 03-07-2017 às 17h00
Por: Guilherme Araújo
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Ação aponta esquema de boca de urna. Entre as denúncias estão poder político e institucional e dos meios de comunicação.

Uma ação do Ministério Público do Estado de Goiás destituiu
dois conselheiros tutelares e excluiu da lista de suplentes outras duas
pessoas. A decisão foi tomada pelo promotor de Justiça Frederico Augusto de
Oliveira Santos junto à juíza Mônica Gioia.

Segundo o promotor, os denunciados fizeram uso de abuso de
poder político, institucional e dos meios de comunicação durante a eleição. Próximos
à realização do processo em 2015, o deputado estadual Bruno Peixoto e vereador Wellington
Peixoto organizaram um mutirão da saúde, na Região do Setor Campinas. Na ocasião, foi
realizada propaganda eleitoral, que não era permitida, a fim de promover os
acionados, que eram candidatos aos cargos de conselheiros.

Táticas

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Frederico Augusto afirma que os requeridos, ao usarem a
plataforma de serviços de utilidade pública para pedirem votos coletivos, sejam
por meio de distribuição de panfletos à população atendida na bancada, ou por
meio da locução, demonstraram a formação de chapa, conduta vedada pelas normas
que disciplinam o processo eletivo unificado para a entidade. 

O promotor Frederico Augusto enfatizou que, durante o evento, havia a presença de um locutor que anunciava as eleições para o conselho, pedindo votos à população. Da mesma forma, eram entregues panfletos com os nomes dos eleitores. As chamadas “colinhas da chapa” com seus nomes eram colocadas em envelopes brancos improvisados, constando os dizeres “Conselho Tutelar”. As informações são do Ministério Público do Estado de Goiás.

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