Caem preços dos combustíveis

Marcus Vinícius Beck

Desde o início da semana alguns postos de combustíveis de Goiânia alteraram os preços da gasolina, diesel e até etanol, para baixo. A redução média R$ 0,36 por litro de gasolina, por exemplo. Alguns proprietários de postos alegam que o preço novo é uma promoção outros dizem que foi uma compra em maior volume do produto. Mas a notícia que alegrou os motoristas pode durar pouco. A Petrobras já anunciou um aumento para os próximos dias. 

A reportagem de O Hoje visitou alguns postos na tarde de ontem e constatou uma diferença que pode render uma economia de até R$ 0,65 por litro de gasolina, por exemplo. Os menores preços foram encontrados em estabelecimentos da Avenida Rio Verde, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana, e na Avenida T – 62, Setor Bueno. Nesses locais, o preço do litro da gasolina girava em torno de R$ 3,24. Na semana passada o mesmo posto cobrava R$ 3,89 pelo litro do combustível. 

Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Goiás (Sindiposto), a baixa nos preços acontece porque a Petrobrás anunciou que empresas iriam ancorar-se no dólar e no preço do barril de petróleo para taxar preços de combustíveis. “O governo fez com que os preços fossem seguros, por uma questão meramente política”, explica Antônio Carlos, porta voz da instituição. 

Ao todo, há 39 distribuidoras de combustíveis para atender 1.620 postos, de acordo com o Sindiposto. A instituição, ainda, assegura que o mercado passa por safra de cana de açúcar, fazendo com que o preço do etanol fique mais competitivo também. “O motorista tem possibilidade ter até 70% de recompensa, caso abastece com etanol”, diz Antônio.

Alívio no bolso 

“Estava passando por aqui e, quando vi o preço que o posto cobra, parei e completei o tanque de gasolina”, conta a vendedora Laís Lorraine Souza Soares. “Não moro na região, e não pude perder a oportunidade de economizar alguns trocados, mas ainda os postos têm de baixar um pouco mais os preços”, finaliza. 

Agora, ela comemora o fato de não ter de andar muito atrás de economia, apesar de que tem receios que esse cenário dure pouco. “Ainda me preocupo, sim, porque essa economia faz toda a diferença no fim do mês, mas onde moro os preços ainda estão altos”, assegura Laís. 

O frentista de posto, Kallb de Souza Silva, diz que o movimento é constante, e os motoristas quase sempre optam por encher o tanque quando param na bomba. “Eles sempre aproveitam a baixa nos preços. Está sendo bom para a gente, e melhor ainda para eles”, assevera. 

Levantamento

De acordo com levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), após queda anunciada pela Petrobrás, em 8 de novembro do ano passado o valor médio da gasolina em Goiânia nas distribuidoras teve redução. Isso foi motivado por mudanças na gestão interna do órgão.

Naquela época, o valor médio do etanol também teve redução de R$ 0,04 até o dia 19 daquele mês. “Estamos terminando a safra e começando a entressafra. Houve menor produção de etanol hidratado neste ano. Uma produção menor e possibilidade da safra demorar pode pressionar os preços”, ressaltou o presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol (Sifaeg), André Rocha.