PCGO prende em São Paulo suspeitos que prometiam transformar papel em dinheiro

Os criminosos simulavam ter o conhecimento necessário para transformar papel em dinheiro vivo, através de processos químicos de pigmentação por contato, enganando assim suas vítimas.

Postado em: 29-10-2021 às 08h31
Por: Ícaro Gonçalves
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Os criminosos simulavam ter o conhecimento necessário para transformar papel em dinheiro vivo, através de processos químicos de pigmentação por contato, enganando assim suas vítimas | Imagens: Divulgação/ Polícia Civil

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagrou na última quarta-feira (27/10) a Operação Alquimia, responsável pela investigação de um grupo criminoso internacional voltado à prática de estelionatos de grande de grande porte. O grupo é especializado na prática do golpe conhecido internacionalmente como “dinheiro negro”, que consiste da falsificação de cédulas de dinheiro.

As investigações ocorreram por meio da 4ª Delegacia Distrital de Polícia (DDP) de Goiânia, com apoio da Polícia Civil de São Paulo, onde foram presos 10 suspeitos de envolvimento nos golpes.

Entenda o crime

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O crime foi cometido por estrangeiros (oriundos de Camarões), que simulavam ter o conhecimento necessário para transformar papel – até então branco – em dinheiro vivo, através de processos químicos de pigmentação por contato.

Ao mostrar essa aptidão para as vítimas, elas aceitavam trocar parte de sua propriedade em estabelecimentos comerciais pelo investimento oriundo desse processo de multiplicação de valores.

Os suspeitos alegavam que, para que tal processo fosse bem-sucedido, era necessário ter acesso a dinheiro real das vítimas e, quando isso acontecia, os estelionatários tomavam posse dos referidos valores e entregavam para a vítima notas grosseiramente falsificadas e/ou papel comum em uma maleta que não podia ser aberta, em razão do suposto processo químico. Quando a vítima abria a mala, tempos depois, descobria que tinha sido vítima de uma fraude.

Ao longo das investigações, foi possível detectar que o grupo movimentou grande volume de dinheiro, bem como causou prejuízo patrimonial de R$ 200 mil para uma das vítimas residentes no estado de Goiás.

Houve também outros golpes praticados pela organização criminosa ao redor do país, desvelando um esquema milionário de estelionatos perpetrados por tal grupo. Ao longo das diligências, milhares de reais (em notas falsas) foram apreendidos na casa de um dos suspeitos, o camaronês Maxime Nicasei.

O suposto líder do grupo, Arouna Nsangou, com mandado de prisão preventiva em seu desfavor, já se encontrava encarcerado em São Paulo, porém, com nome falso.

A Polícia Civil informa que a divulgação da imagem e identificação do(s) preso(s) foi procedida nos termos da Lei nº 13.869/2019 e da Portaria nº 547/2021 – PC, conforme Despacho do(a) Delegado(a) de Polícia responsável pelo inquérito policial. A publicação de suas imagens possa auxiliar no surgimento de novas vítimas que façam seu reconhecimento, bem como para auxiliar na descoberta de outros delitos eventualmente praticados pelos autores.

Veja imagens do momento da prisão:

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