Quinta-feira, 28 de março de 2024

Bebê se afoga na piscina de casa e é salva pelo pai, em Matrinchã; veja o vídeo

Filho mais velho do casal, 5 anos, viu a irmã se afogando pelas câmeras de segurança e chamou o pai imediatamente

Postado em: 29-10-2021 às 15h33
Por: Maria Paula Borges
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Filho mais velho do casal, 5 anos, viu a irmã se afogando pelas câmeras de segurança e chamou o pai imediatamente | Foto: Reprodução/Instagram

A bebê de apenas um ano e quatro meses, Bella Araújo, se afogou na piscina da casa em que mora com os pais, Karlla Lohara Araújo Sousa e Cleyton Alves Pinto, e o irmão de cinco anos, Miguel Araújo Alves Azevedo. O acidente aconteceu no dia 12 de setembro, em Matrinchã, localizado a 250 km de Goiânia e foi registrado pelas câmeras de segurança.

Segundo Karlla Lohara, o filho mais velho viu a irmã se afogando pelas câmeras e chamou o pai para socorrê-la. No momento do acontecido, o pai estava descansando na rede. “A gente percebe que ele [irmão] chamou pelas imagens da câmera. O pai acabou pegando no sono e ele gritou: ‘papai, papai, a Bella’. Foram oito segundos. Foi muito rápido. A vida da gente pode acabar em segundos”, disse a mãe.

O vídeo foi publicado nas redes sociais de Karlla dois dias após o acidente, mas começou a ter repercussão no início de outubro. Nos registros é possível ver que o pai da menina pula na piscina desesperado e fica sem reação após resgatar a filha, levantando Bella e assoprando o rosto dela. Ele contou que o susto foi muito grande. “O susto foi muito grande. Quando eu a levanto, ela não chora, fica vermelhinha. Não sabia nem o que fazer. Foi muito chocante”, desabafou o pai.

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Veja o vídeo abaixo.

Karlla explicou que estava fazendo muito calor e que o esposo decidiu entrar na piscina com as crianças, mas em determinado momento começou a ventar forte e Miguel decidiu sair da água. “Eu estava sentada a cerca de 1 metro da borda interagindo com eles. Na hora que começou a ventar, meu filho ficou com medo e saiu. Logo depois, começou a chover muito forte e meu esposo também saiu com a Bella e a me entregou para trocá-la no quarto”, disse.

Além disso, a mãe contou que o marido se deitou na rede para esperar a chuva passar e colocar a lona de proteção na piscina. No entanto, após trocar a roupa da bebê, a filha foi para a área de lazer, quando o acidente aconteceu. Segundo Karlla, para ter acesso à área de lazer é preciso passar por uma porta de vidro e que ela estava fechada, mas Miguel passou e a deixou aberta. Ela conta ainda que no momento do acidente, o pai achou que a pequena Bella estava no quarto com a mãe.

De acordo com Karlla, o vídeo foi compartilhado com intenção de alertar outros pais sobre o perigo de crianças com piscina, mas a postagem teve efeito reverso gerando várias críticas à mãe. “Teve gente comentando até que minha filha deveria ter morrido para que eu e meu esposo fôssemos presos. Minha rede social é pequena, eu nunca imaginei que tomaria tanta proporção”, disse.

Até a tarde desta sexta-feira (29/10), o post tinha mais de 600 mil visualizações e 13.800 comentários. Karlla relata que no início tentava responder as críticas explicando o ocorrido, mas diante da repercussão perdeu o controle.

Como evitar acidentes com crianças em piscinas

Karlla contou que sempre tomou bastante cuidado com a piscina e que fica coberta com lona de proteção quando não está em uso. Após o acidente, a família decidiu redobrar os cuidados, instalando uma cerca de proteção na borda. A mãe contou ainda que começou a procurar um professor de natação para a bebê, mas que nenhuma escola da região oferece o treinamento.

Entretanto, com a repercussão, uma professora de natação entrou em contato com a família para oferecer seu trabalho e, desde então, Bella está fazendo treinamento por videochamada.

Segundo Braúlio Flores, coronel dos Bombeiros, a recomendação para casos de afogamento é sempre chamar a corporação o mais rápido possível. “A depender da situação, orientações diferentes podem ser dadas, ainda por telefone, enquanto o socorro está a caminho. O socorro para alguém que se afogou após ter mergulhado, e batido a cabeça no fundo, tem procedimentos preponderantemente diferentes daquele que é prestado a alguém que simplesmente imergiu por não saber nadar”, explicou o coronel.

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