Fraude movimentou R$ 5 milhões em seis meses

A Polícia Civil prendeu cinco integrantes de uma quadrilha que fraudava vestibulares de medicina. No período de seis meses, o grupo atuou

Postado em: 08-07-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa

A Polícia Civil prendeu cinco integrantes de uma quadrilha que fraudava vestibulares de medicina. No período de seis meses, o grupo atuou em 11 processos seletivos. Segundo a Polícia, o grupo possuía uma vida de luxo aos criminosos. Dos nove integrantes da organização, quatro estão foragidos. 

De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Cleybio Januário Ferreira, desde setembro do ano passado, a organização movimentou cerca de R$ 5 milhões. O montante proporcionou ainda que um dos integrantes comprasse um apartamento no valor de R$ 1 milhão. Já as pessoas que contratava o serviço, tinha a garantia do êxito da fraude, pelo grupo. Dessa maneira, o pagamento do serviço somente era realizado após a matrícula na faculdade.


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Valores

Os valores cobrados por candidatos variavam entre R$ 80 mil e R$ 120 mil. As fraudes aconteciam em faculdades do Estado de Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal. Ao todo, cerca de 110 pessoas de doze estados e do Distrito Federal já haviam procurado os serviços do grupo. Desse número, 52 alunos já fazem o curso e outros 15 aguardam para fazer a matricula.

Apesar da proporção do esquema, a Polícia Civil, ressaltou que ainda não há indícios de participação de funcionários de faculdades ou de bancas examinadoras no esquema. 

Investigação

A Polícia investigava o grupo desde setembro do ano passado. À época, a Universidade de Rio Verde (UniRV) denunciou, com base a argumentação de um pai de uma estudante que ainda realizava cursinho para o vestibular. De acordo com a universidade, a estudante foi abordada pela quadrilha. Intrigada a jovem procurou a Universidade que repassou as informações para a Polícia Civil.

Esquema

Em um registro da investigação, o suspeito Fernando Batista Pereira, comprou dez celulares simples em um camelódromo de Goiânia. Após uma agente da policia se passar por candidata, em duas horas de conversa, Fernando explicou o plano e garantiu apoio à candidata caso houvesse algum problema. De acordo com Fernando, o grupo teria os melhores advogados caso algo desse errado.


Flagas

Em um esquema montado pela Polícia, foram flagrados momentos em que o crime acontecia dentro de uma universidade. Um integrante passava o gabarito para outros, por meio de um celular, escondido nas partes intimas dos candidatos. Em uma central, as questões eram recebidas e o gabarito era enviado aos estudantes. Todos integrantes do grupo e os alunos que compraram as vagas vão responder por fraude. (Wilton Morais)

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