Projeto Vai Catar Latinha inaugura ponto fixo para coleta de latas de alumínio
Recursos arrecadados são revertidos em compra de cestas básicas para pessoas em situação de vulnerabilidade social
Por: Maria Paula Borges
O projeto Vai Catar Latinha, desenvolvido por estudantes do curso de Direito do Câmpus Metropolitano da Universidade Estadual de Goiás (UEG), com apoio do coordenador do Câmpus, João Cândido Barbos, inaugurou um ponto fixo de coleta de latinhas de alumínio no Aparecida Shopping. A primeira etapa do projeto teve início em maio de 2021 e já conseguiu alcançar cerca de 120 famílias com doações de cestas básicas para famílias em situação de vulnerabilidade durante a pandemia.
O objetivo da iniciativa é alcançar uma quantidade considerável de latinhas que seja capaz de atender 50 famílias com alimentos até dezembro. “A parceria com o Aparecida Shopping é importante porque o estabelecimento funciona todos os dias. A pessoa deposita as latinhas de alumínio e uma vez por semana recolhemos e prestamos conta da quantidade em peso arrecadada”, salienta Daniel Levi, um dos idealizadores.
Segundo a Associação Brasileira do Alumínio (Abal) e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas), o índice de reciclagem de latas de alumínio no Brasil manteve o país entre os líderes mundiais, sendo que em 2020 atingiu a marca de 97,4%. Em números concretos significa que 391,5 mil toneladas, aproximadamente 31 bilhões de unidades, foram recicladas.
O alumínio obtido por meio do processo de reciclagem da sucata economiza 95% da energia necessária para a produção do alumínio primário, gerado pela transformação da bauxita, minério bruto. A cada 1.000 kg de alumínio reciclado, 5 mil kg de bauxita são poupados.
No Brasil, as latinhas têm ao menos 70% do material reciclado em sua composição e o período entre uma lata ser vendida e o material voltar à prateleira em uma nova lata é calculado em 60 dias. De acordo com dados publicados pelo Compromisso pela Reciclagem (Cempre), os materiais valem cerca de 4 vezes o valor atual do PET e 48 vezes mais que o vidro.
As latas recolhidas pelo projeto unem a preservação ambiental à solidariedade, uma vez que evitam a poluição e são vendidas. Os recursos são revertidos em compra de cestas básicas para pessoas em situação de vulnerabilidade social em bairros periféricos de Aparecida de Goiânia.
