Quinta-feira, 28 de março de 2024

Abordagem de mulher com criança no colo gera revolta e será investigada pelo Ministério Público

Na abordagem foram apreendidas 4 munições calibre nº 32, a arma de fogo e também uma touca ninja.

Postado em: 08-11-2021 às 10h29
Por: Almeida Mariano
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Na abordagem foram apreendidas 4 munições calibre nº 32, a arma de fogo e também uma touca ninja | Foto: Reprodução

Uma mulher com uma criança no colo foi imobilizada por policiais militares em Itabira (MG), cerca de 100 km de Belo Horizonte. Através do vídeo gravado é possível ver a mulher sendo derrubada com uma criança no colo, enquanto outro menor de idade tentava impedir a ação.

Durante a abordagem, que ocorreu na noite da última sexta-feira (05/11), um agente a derrubou e pressionou a cabeça dela contra o chão. O vídeo da abordagem viralizou nas redes sociais e gerou revolta entre os internautas. A abordagem foi comparada com a abordagem George Floyd, que morreu nos Estados Unidos depois de abordagem policial em que o agente pressionou o pescoço do homem contra o chão com o joelho.

Segundo a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), o casal, a mulher e o marido, foi abordado por estarem portando de forma ilegal um arma de fogo e munições. O casal foi preso em flagrante, e foram apreendidas 4 munições calibre nº 32, a arma de fogo e também uma touca ninja.

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A PMMG informou que para impedir a apreensão da arma de fogo, a mulher se agarrou ao filho e se recusou a largar a criança. Com isso, a mulher foi projetada ao solo e imobilizada, numa queda controlada, sem causar nenhuma lesão a criança.

Diante da repercussão do caso, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) comunicou através de rede social, neste domingo (07/11), que instaurou Procedimento Investigatório Criminal (PIC) para que a conduta dos policiais militares do caso seja apurada.

O procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares, alega que o MP tem “o dever funcional de apurar as condutas dos militares que prenderam, de forma violenta, uma senhora com as crianças no colo”. Jarbas afirma ainda que “as lideranças da PMMG não coadunam com isto (com a forma da abordagem realizada)”.

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