Aparecida de Goiânia registra 6,6 mil casos de dengue somente neste ano

Após o aumento das chuvas nos últimos dias, as chances de proliferação do vetor da dengue ficam maior

Postado em: 10-11-2021 às 08h19
Por: Daniell Alves
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Após o aumento das chuvas nos últimos dias, as chances de proliferação do vetor da dengue ficam maior | Foto: Reprodução

A cidade de Aparecida de Goiânia registrou cerca de 6,6 mil casos de dengue neste ano. Apesar do quantitativo alto, o número indica uma redução se comparado ao ano passado. Com um mês para acabar o ano, os dados representam 66% do total de casos registrados em 2020. Após o aumento das chuvas nos últimos dias, as chances de proliferação do vetor da dengue ficam maior e a população deve ficar em alerta.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do município, desde 2018, as confirmações da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti têm diminuído no município. A SMS atribui o resultado positivo ao permanente trabalho de combate e prevenção realizado na cidade, associado ao contexto de pandemia, mas alerta a população para reforçar os cuidados preventivos principalmente quando se aproxima o início das chuvas.

O secretário de Saúde, Alessandro Magalhães, fala sobre as medidas preventivas contra o mosquito, principalmente neste período. “Todos devem impedir que recipientes como garrafas, vasos de plantas e pneus armazenem água da chuva, além de manter as calhas limpas e as caixas d’água cobertas”, frisa o secretário.

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Nesse sentido, o coordenador de Vigilância Ambiental da SMS, Iron Pereira acentua que “quando a combinação de calor e chuva favorecem a proliferação do Aedes aegypti, é essencial lembrar que qualquer recipiente, por menor que seja, pode acumular água e ser um berçário para o inseto. Por isso, sempre repetimos que em 15 minutos por semana é possível fiscalizar o quintal e a casa, acondicionar corretamente o lixo, fazer a manutenção preventiva em calhas e tapar caixas d’água e cisternas, dentre outros cuidados indispensáveis. Cada pessoa deve fazer a sua parte pelo bem de todo o município”.

Maior média do país

O Estado tem a maior média do País em casos de dengue por 100 mil habitantes, segundo levantamento do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde (MS). Até o último mês, foram registrados mais de 43 mil casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. O quantitativo fica atrás do Acre (AC), estado com média quase três vezes maior.

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) alerta os municípios goianos para o controle ambiental e químico de combate à proliferação do mosquito Aedes aegipty, transmissor da dengue, zika e chikungunya, doenças chamadas de arboviroses e endêmicas em Goiás e toda a Região Centro-Oeste. Com o início do período chuvoso, o mosquito se reproduz com maior facilidade e o número de casos tende a aumentar.

“É importante que os gestores municipais priorizem ações de controle sanitário, como a limpeza urbana, a fiscalização de pontos estratégicos, como borracharias e ferros-velhos e visitas dos agentes de saúde aos domicílios. Essas rotinas têm que ser intensificadas diante do possível aumento de casos nesse período”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim.

Preocupação

Goiás apresenta mais de 60 mil casos notificados de dengue, uma queda de 26% em relação ao mesmo período do ano passado (semana 39), com 18 óbitos confirmados. Já os casos notificados de zika somam 80 até a mesma semana.

Febre chikungunya

Outro motivo de atenção é a febre chikungunya. Goiás registrou 726 casos notificados da doença, um aumento de 168% em relação ao mesmo período do ano passado. São 306 registros confirmados em 24 municípios goianos, com a presença autóctone (transmissão local) do vírus.

Por apresentar sintomas muito debilitantes e maior risco de sequelas, principalmente nas articulações, a doença é motivo de preocupação das autoridades sanitárias. “O engajamento de toda população no combate aos focos do mosquito é importante. Assim como a dengue, a chikungunya pode levar a quadros graves de internação e óbito”, reforça Flúvia. (Especial para O Hoje)

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