Temporada de pipas incentiva ações que alertam sobre os perigos da brincadeira

Segundo dados da Prefeitura de Goiânia, de 2010 até 2016 foram registradas sete mortes. Confira algumas dicas de segurança

Postado em: 17-07-2017 às 17h00
Por: Amanda de Oliveira
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Segundo dados da Prefeitura de Goiânia, de 2010 até 2016 foram registradas sete mortes. Confira algumas dicas de segurança

Da redação

Julho, mês de férias, é o período mais esperado por
crianças e jovens. As brincadeiras
ganham mais espaço no dia a dia, seja em casa ou nas ruas. Uma das preferidas
da garotada é soltar pipa. Por isso, algumas ações em parceria com secretarias
e órgãos de segurança surgem para alertar sobre alguns perigos.

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Desde o mês de junho a prefeitura de Goiânia, por
meio da Guarda Civil Metropolitana (GCM), realiza a campanha Pipas sem Cerol, que
visa conscientizar crianças, adolescentes e adultos sobre os perigos do uso do
cerol, mistura de cola com vidro moído que é passada nas linhas e possui enorme
capacidade de corte, o que pode provocar ferimentos profundos em quem é atingido.

Com o intuito de orientar a brincadeira de forma
saudável e responsável, a campanha instrui a população sobre os cuidados a
serem observados para que a diversão não resulte em outros acidentes, como
choques elétricos e atropelamentos.

O uso da linha chilena é outra preocupação
recorrente no período de pipas. Esta possui comercialização proibida no Brasil,
já que possui em sua constituição óxido de alumínio e quartzo moído, o que lhe
confere poder de corte quatro vezes superior ao cerol. No último dia 07, a GCM
apreendeu, em Aparecida de Goiânia, 163 pipas que eram vendidas junto ao
produto.

Cuidados
com as redes elétricas

A Celg também orienta crianças sobre o risco de soltar
pipas perto de redes elétricas. O
passatempo pode gerar graves acidentes, além de provocar o desligamento da rede
de energia elétrica, causando prejuízos à população. Além
disso, elas podem ficar presas na fiação, causando transtorno o ano todo, já
que os restos de materiais são capazes de provocar curtos-circuitos.

Este ano, foram registradas aproximadamente 130 ocorrências provocadas por
pipas, 84 delas só em junho, mês em que começa o período de ventos mais fortes
em Goiás. Porém, é o mês de julho que preocupa. Entre 2015 e 2016, a Celg registrou, respectivamente,
386 e 268 ocorrências apenas neste mês.

Segundo dados da Prefeitura de Goiânia, de 2010 até 2016 foram
registradas sete mortes. Nesse mesmo período mais de 50 pessoas ficaram feridas
por conta do cerol. A morte mais recente foi a de Francisco de Assis Pereira,
de 60 anos. Ele morreu em 2015, atingido pelo artefato na BR-153, próximo à
Vila Redenção.

Algumas dicas de segurança:

Soltar pipas em locais abertos, como praças e parques;

Não brincar perto de antenas e fiações elétricas;

Evitar brincar em dias de chuva, principalmente
se houver relâmpagos;

Dar preferência para as pipas sem rabiolas de forma a evitar
enroscamentos nos fios elétricos;

Não utilizar linha metálica, como fio
de cobre de bobinas ou cerol
;

Não fazer pipas com papel laminado, que aumenta o risco de transferência
de choques elétricos;

Não encostar em qualquer objeto que
esteja preso à rede elétrica;

Ter cuidado com ruas e lugares
movimentados para não se expor à algum risco de queda ou atropelamento.

Foto: Dias Neto 

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