Monitoramento intensivo via câmeras eletrônicas reduz criminalidade em Goiânia

Inicialmente implantado em 2005, o serviço foi ampliado em 2014 com a construção do centro, onde o trabalho é realizado de forma integrada com outras forças de segurança

Postado em: 19-07-2017 às 08h05
Por: Thais Tomás
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Inicialmente implantado em 2005, o serviço foi ampliado em 2014 com a construção do centro, onde o trabalho é realizado de forma integrada com outras forças de segurança

De olho na tela, 24 horas. Essa é a rotina dos policiais
militares que trabalham no Centro Integrado de Inteligência, Comando e
Controle, baseado na sede da Secretaria de Segurança Pública e Administração
Penitenciária (SSPAP), no Setor Aeroviário. No total, 275 câmeras eletrônicas
estão distribuídas em Goiânia, assegurando a cobertura de todas as regiões da
capital e auxiliando no combate à criminalidade.

Inicialmente implantado em 2005, o serviço foi ampliado em
2014 com a construção do centro, onde o trabalho é realizado de forma integrada
com outras forças de segurança como bombeiros, policiais civis e agentes
prisionais.

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De acordo com o superintendente de Comando e Controle da PM,
tenente-coronel Francisco Jubé, o videomonitoramento está presente nas áreas
que apresentam altos índices de criminalidade. Os flagrantes são relacionados a
diversos tipos de crimes como furtos e roubos a  estabelecimentos
comerciais,  tráfico de drogas, acompanhamento de distúrbios civis,
identificação de foragidos, carros roubados e clonados, apreensão de armas
de  fogo, entre outros.

Esses olhos eletrônicos são potentes, com amplitude de 360
graus, e amplo alcance  – de até um quilômetro – podendo ser controlados
pelos operadores, com visão ampliada. Assim que os policiais notam algo de
errado, imediatamente acionam a viatura mais próxima, que se desloca para o
local. A chegada leva, em média, de 5 a 8 minutos, tempo considerado razoável e
que se assemelha ao do Corpo de Bombeiros, por exemplo, para o atendimento de
vítimas. As imagens são acompanhadas em tempo real pelos controladores que
repassam as informações para as equipes que estão na rua.

Segundo Jubé, a principal finalidade é inibir ou reduzir o
índice de crimes, o que foi observado na Região de Campinas, onde houve queda
de 25% a 28% nos registros de furtos e roubos a estabelecimentos comerciais. Só
na Avenida Bernardo Sayão, considerado polo de confecção na capital, estão
instaladas mais de dez câmeras.

“Mesmo ocorrendo o delito, os vestígios deixados são muito
importantes para buscar a repressão através das imagens”, destaca. Esse
trabalho também conta com a colaboração da comunidade, por meio de síndicos de
condomínios, representantes de associações comerciais e conselhos comunitários
de segurança, que expressam opiniões e orientam como o serviço de monitoramento
pode ser aperfeiçoado, além de fornecer imagens de câmeras de segurança privadas
que podem ser úteis para a polícia.

“Desta forma, criamos
um cinturão de proteção e geramos a sensação de segurança para a sociedade”,
afirma Jubé. Também fazem parte da estrutura 2.476 câmeras da Rede
Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC), que monitoram os terminais de
ônibus, plataformas do Eixo Anhanguera e os ônibus do transporte coletivo.

As forças de segurança podem ser acionadas em tempo real
para coibir crimes em todo o trajeto da malha viária. Está em fase de estudo a
implantação de um software inteligente em algumas câmeras, o que possibilitará
a identificação/ reconhecimento facial automático de foragidos da justiça e
veículos furtados ou roubados – de acordo com as características . “Queremos
aprimorar o serviço com o uso de mais tecnologia e assim garantir mais
eficiência a nossa atividade”, finaliza.

Goiás Agora

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