Metade dos pontos de ônibus na Grande Goiânia precisa de reforma

Com o período chuvoso, muitos usuários esperam os ônibus ao relento e se molham

Postado em: 12-11-2021 às 08h33
Por: Daniell Alves
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Com o período chuvoso, muitos usuários esperam os ônibus ao relento e se molham | Foto: Reprodução

Cerca de 50% dos pontos de parada do transporte público da Grande Goiânia necessitam de reformas. Até a última atualização, eram 6,8 mil pontos de embarque e desembarque e destes, sendo que destes 3,5 mil não possuíam abrigo, conforme dados de levantamento da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC). A Capital possui a maior parte dos pontos de embarque e desembarque, aproximadamente 3,8 mil. Destes, 1,9 mil precisam ser reformados.

Devido ao aumento das chuvas, muitos usuários do transporte público esperam os ônibus ao relento e se molham, principalmente nas áreas consideradas periféricas. Já em outros lugares, os abrigos ultrapassados podem oferecer riscos aos usuários, pois são feitos de concreto, antigos e podem estar com a estrutura danificada.

Além disso, os problemas se repetem nas áreas nobres da cidade. Alguns pontos de ônibus não têm estrutura necessária aos passageiros que aguardam o transporte coletivo. Em horários de pico, os usuários precisam se aglomerar na calçada à espera do transporte. Durante o período chuvoso, não tem onde se abrigar e na estiagem têm que aguentar o sol escaldante direto na cabeça.

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Reforma formiguinha’

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), afirma ter intensificado os trabalhos de reformas dos pontos de ônibus durante o segundo semestre deste ano. A execução das obras é feita em parceria com a CMTC para garantir segurança à população – em decorrência do período chuvoso que se estende no final do ano –, e para garantir conforto com relação à identificação das linhas e permanência do usuário no local.

Ao todo, pouco mais de 40 paradas já foram reformadas. Os reparos são realizados na sede da Comurg, situada na Vila Aurora, onde passam por serviços de serralheria, pintura e substituição de partes danificadas. Já a montagem, piso de concreto, instalação das bases e registro de letreiro para identificação das linhas são realizados no local da instalação.

Grande parte das estruturas chega na Companhia com danos causados por colisão de veículos, desnível de terreno acidentado e atos de vandalismos. A Comurg frisa que o bom uso do patrimônio público é uma questão de educação, necessário para a manutenção da cidade em harmonia, e que o contrário a esse procedimento é crime.

Modernidade

Em março deste ano, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), concluiu a instalação de 30 pontos de ônibus no Corredor Preferencial T-7. Além de modernos e mais confortáveis, os novos abrigos proporcionam mais segurança ao usuário do transporte público da Capital. Ao todo, serão 57 novas estruturas em toda extensão da Avenida T-7, beneficiando mais de 180 mil pessoas.

Os novos abrigos trazem informações sobre os trajetos de linhas, horários de viagens e localização, levando mais clareza e legibilidade, além de orientação de como utilizar o celular para ver o horário, em tempo real, de chegada do ônibus no ponto de parada.

Tarifa pode subir 50%

Num cenário que junta reajuste de salários de motoristas e cobradores a inflação em alta, as tarifas do transporte público em todo o país poderão subir em média 50%. O alerta é da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), que mais uma vez culpa a omissão do governo federal diante da crise do transporte coletivo no país como um dos fatores principais do problema.

“Os prejuízos acumulados conjuntamente pelas empresas que operam os serviços de transporte público por ônibus urbano em todo o país e pelos poderes públicos concedentes já alcançam R$ 21,37 bilhões desde março do ano passado”, alerta a Associação.

A situação das concessionárias do transporte público coletivo que atuam na Grande Goiânia não é diferente. “Hoje, as empresas que atuam na Rede Metropolitana de Transporte Coletivo estão sob o regime do plano emergencial, o que garantiu o pleno funcionamento do serviço neste período de pandemia da Covid-19. No entanto, para 2022, temos uma grande expectativa que Estado e prefeituras envolvidas, especialmente Goiânia, possam, de fato, reformular e reestruturar o sistema, na busca pela melhoria do serviço, atração de passageiros e equilíbrio no sistema”, ressalta o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Passageiros da Região Metropolitana de Goiânia (SET), Adriano Oliveira. (Especial para O Hoje)

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