Três bairros de Aparecida concentram mais de 800 casos de dengue; confira

Além disso, dos 6.827 casos registrados na cidade, 1.781 ocorreram em 10 bairros, conforme o boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (SMS)

Postado em: 20-11-2021 às 08h33
Por: Redação
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Além disso, dos 6.827 casos registrados na cidade, 1.781 ocorreram em 10 bairros, conforme o boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) | Foto: reprodução

Por Daniell Alves

Os bairros Colina Azul, Buriti Sereno e Jardim Tiradentes, em Aparecida de Goiânia, são os três que concentram maior casos de dengue, com 847 notificações. Dos 6.827 casos registrados na cidade, 1.781 ocorreram em 10 bairros, conforme o boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

O boletim aponta que 6.827 casos de dengue foram notificados entre janeiro e setembro de 2021, em Aparecida. O bairro Colina Azul é o mais apresenta notificações de dengue neste tempo – 364. Logo em seguida está o Buriti Sereno, com 298, seguido pelo Jardim Tiradentes, que totalizou 185 casos.

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Diante do cenário, o município possui alto risco de incidência de dengue. Isto ocorre quando há mais de 300 casos por 100 mil habitantes. De acordo com o coordenador de Vigilância Ambiental, Iron Pereira, a maior concentração de casos nos três bairros ocorre devido ao adensamento urbano, que tem mais habitantes nessas regiões. “Esses locais são bairros adensados com população mais acentuada, o que facilita que a transmissão ocorra de maneira potencializada”, declarou.

Ele afirma que é de extrema importância que a população receba os agentes epidemiológicos em suas casas, para receberem orientações e eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti, que também transmite a chikungunya e o zika vírus.

As notificações da doença acontecem quando um paciente se dirige até uma unidade do Sistema Único de Saúde (SUS) e relata sintomas da doença. A SMS explica que as confirmações dos casos são concedidas por critérios clínicos epidemiológicos e mais de 80% dos casos notificados são confirmados no município.

Prevenção

O coordenador de Vigilância Ambiental orienta a população: “as pessoas devem impedir que recipientes como latas, garrafas, vasos de plantas e pneus armazenem água da chuva, além de manter as calhas limpas e as caixas d’água cobertas. Sempre repetimos que em poucos minutos por semana é possível fiscalizar o quintal e a casa e acondicionar corretamente o lixo”. E, completa: “caso alguém queira fazer uma denúncia de locais com possíveis focos de dengue, entre em contato pelo aplicativo “Xô Aedes” ou pelo 0800 646 2500. Ao receber as informações, mobilizamos servidores para limpeza e outras providências”.

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) também faz alerta os municípios goianos para o controle ambiental e químico de combate à proliferação do mosquito Aedes aegipty, transmissor da dengue, zika e chikungunya, doenças chamadas de arboviroses e endêmicas em Goiás e toda a Região Centro-Oeste.

Com o início do período chuvoso, o mosquito se reproduz com maior facilidade e o número de casos tende a aumentar. “É importante que os gestores municipais priorizem ações de controle sanitário, como a limpeza urbana, a fiscalização de pontos estratégicos, como borracharias e ferros-velhos, visitas dos agentes de saúde aos domicílios e aplicação de fumacê nos locais específicos. Essas rotinas têm que ser intensificadas diante do possível aumento de casos nesse período”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim.

Sintomas

Após a picada do mosquito, o vírus entra na pele e na corrente sanguínea. Após a replicação inicial nos fibroblastos dérmicos, se espalha pela corrente sanguínea, atingindo o fígado, músculos, articulações, baço, nódulos linfáticos e cérebro. A doença é caracterizada por febre alta – acima de 39 graus –, frequentemente acompanhada de dor nas articulações e mialgia, além de erupção cutânea, que pode variar de leve e localizada a uma erupção cutânea extensa envolvendo mais de 90% da pele.

A dor nas articulações costuma ser muito debilitante e, geralmente, dura alguns dias, mas pode se prolongar por semanas, meses ou até anos. Outros sinais e sintomas comuns incluem inchaço nas articulações, dor de cabeça, náuseas e fadiga. Ao apresentar tais sintomas, a pessoa deve procurar uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento. (Especial para O Hoje)

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