Nada novo sob o sol: chuva pode deteriorar e atrasar ainda mais entrega de obra

Trabalhos na Praça do Trabalhador não estão parados, mas caminha a passos lentos

Postado em: 20-11-2021 às 08h46
Por: Redação
Imagem Ilustrando a Notícia: Nada novo sob o sol: chuva pode deteriorar e atrasar ainda mais entrega de obra
Trabalhos na Praça do Trabalhador não estão parados, mas caminha a passos lentos | Foto: Jota Eurípedes

Por Daniell Alves

Com o período chuvoso, os feirantes transeuntes da Praça do Trabalhador se deparam com bastante lama e enxurrada, principalmente nos locais mais próximos do Terminal Rodoviário. Em andamento há cerca de dois anos, a obra da Praça do Trabalhador só está 77% concluída e deve ser concluída apenas em 2022. Atrasada, a primeira previsão de entrega da obra divulgada pela prefeitura era para novembro de 2019, no mesmo ano em que ela começou.

De acordo com o gestor administrativo da obra, Flávio Máximo, coordenador executivo da Unidade Executora do Puama da Secretaria Municipal de Planejamento e Habitação (Seplanh), a obra não está parada, porém as atividades seguem a passos lentos. “A empresa vem trabalhando, mas arrastando, só que a obra está em 77% e por isso prefeitura insiste no contrato. Se for fazer nova contratação, teremos uma lacuna de tempo, pode perder parte do que foi feito e aumentar o custo, só por isso ainda é mantido o contrato”, diz.

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Ele explica que as duas medições realizadas e pagas pela prefeitura à empresa foram sequestradas pela Justiça contra a Ventuno em razão de problemas da empresa. “Já está desmobilizada e precisaria do recurso para manter a obra, mas teve isso e não conseguiu fazer”, conta. Agora, a Seplanh pensa em quais ações podem ser realizadas com objetivo de agilizar a obras, a exemplo de serviço que a prefeitura pode fazer diariamente.

“Os principais problemas é o paver e o granito, que já foram comprados pela empresa e não há como fazer por nossa conta. De resto estamos pensando no que podemos assumir para agilizar o serviço. Se tivéssemos o paver, conseguiríamos instalar o que resta em até uma semana, por exemplo”, garante. Máximo pretende se reunir o quanto antes com a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) para a realização de serviços paliativos na Praça.

A reforma prevê um novo sistema de drenagem para evitar alagamentos, construção de banheiros públicos, uma sede para a associação e rádio dos feirantes e também uma área para estacionamento de ônibus dos clientes que vêm de outras cidades e estados para fazer compras na região. “Precisamos nos debruçar por uma solução no local. Isso já é uma questão de honra”. Ele destaca que a gestão entende que a demora na entrega tem gerado transtornos para os feirantes que precisam do local para trabalhar.

Feirantes

Devido ao atraso, o retorno dos feirantes à Praça também só irá ocorrer no próximo ano. Além disso, os comerciantes temem confusão no retorno para a Praça do Trabalhador, já que nem todos os comerciantes estão regularizados junto à Prefeitura de Goiânia. As feiras têm sido realizadas em ruas da Região da 44 de forma provisória.

Outra preocupação é se o espaço será suficiente para abrigar todos os comerciantes, explica o presidente da Associação dos Feirantes, Waldivino da Silva. “Sem o aditivo que a Praça tem que fazer, tem uma área de cerca de 4 mil metros que precisa ser juntada com esse espaço. Hoje, a praça tem capacidade para 5,2 mil bancas. Então não comporta todo mundo, mas com este aditivo e o protótipo de bancas que iremos mostrar e padronizar, temos uma grande esperança que vai comportar todo mundo”, afirma.

Waldivino ressalta que a Associação está contando com a área para conseguir alocar todos os feirantes. “Essa área tem que se juntar com o espaço da Praça do Trabalhador, que comportaria mais 700 bancas. Sobre os protótipos temos dois modelos, mas ainda não foi definido. Se não utilizarmos esse espaço irá virar um local ocioso, que poderá ser invadido”, diz.

Plano de ação

O prefeito de Rogério Cruz publicou, em abril deste ano, um decreto no Diário Oficial que estabeleceu a criação de um grupo de trabalho para apresentar um plano de ação sobre a mudança de local das feiras Hippie e da Madrugada para a Praça do Trabalhador. O grupo é presidido pelo titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Economia Criativa (Sedec).

Os integrantes devem discutir sobre as normas e maneiras de cadastros para os feirantes ocuparem o local, além de definir quais serão os dias e horários de montagens, critérios de licenciamento para os montadores de bancas, o modelo destas bancas, a localização de cada feirante e ainda como a praça será utilizada em dias e horários sem a realização das feiras.

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