Prefeitura de Goiânia alerta sobre cuidados contra a síndrome mão-pé-boca

Documento segue recebimento de três notificações de surtos em unidades escolares de Goiânia

Postado em: 25-11-2021 às 18h19
Por: Maria Paula Borges
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Documento segue recebimento de três notificações de surtos em unidades escolares de Goiânia | Foto: Reprodução

A Prefeitura de Goiânia, por intermédio do Centro de Informações Estratégicas e Reposta em Vigilância em Saúde (Cievs) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), divulgou uma nota informativa com orientações necessárias para identificação de quadro clínico, tratamento e medidas de prevenção e controle da síndrome mão-pé-boca (SMPB). O documento, divulgado na última quarta-feira (24/11), segue o recebimento de três notificações de surtos em unidades escolares da capital e é direcionado às instituições de ensino do município, bem como pais e cuidadores.

O documento diz que a infecção é causada, em geral, pelo vírus Coxsackie. A doença é benigna e o nome se dá em virtude das lesões na mucosa oral e erupções nas regiões das mãos, pés e boca, geralmente sintomas obrigatórios para o diagnóstico. “No entanto, também pode causar episódios de febre e prostração, com ou sem irritabilidade, mal-estar, náusea, vômitos, diarreia”, relata a diretora de Vigilância Epidemiológica, Grécia Pessoni.

Além disso, Grécia acrescenta que as feridas podem doer e coçar, por esse motivo as crianças são passíveis de apresentar dificuldade para engolir, além de salivação excessiva.

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A nota informa ainda que a síndroma mão-pé-boca é contagiosa e bastante comum em crianças. Entretanto, mesmo que atinja frequentemente menores de 6 anos, pode acometer adultos também. A transmissão acontece por meio do contato, gotículas respiratórias contendo o vírus como saliva e muco nasal, fezes, além do manuseio em superfícies e objetos contaminados.

A diretora de Vigilância Epidemiológica informa que os estudos relatam que a primeira semana de sintomas é também a de maior risco de transmissão. O tempo de incubação varia de três a cinco dias, o que contribui para alta taxa de transmissibilidade e evidencia a necessidade de evitar o contato com outros indivíduos”, orienta.

Como não há vacina contra o vírus causador da SMPB, é preciso que medidas adequadas de higiene pessoal e do ambiente, além de isolamento social dos doentes, sejam adotadas. Assim que a criança apresentar algum sintoma é importante buscar avaliação médica imediata para orientação e tratamento adequado. Como as lesões orais podem dificultar a deglutição, é preciso cuidar da hidratação das crianças.

Em ambientes escolares, para prevenir e interromper as cadeias de transmissão, é fundamental que medidas sejam adotadas, como por exemplo lavar as mãos com frequência especialmente depois de trocar fraldas e usar o banheiro. Além disso, promover a limpeza e desinfecção de superfícies frequentemente trocadas e itens sujos, como brinquedos, bem como descarte adequado de fraldas e artigos com fezes. Por fim, é necessário evitar contato próximo como abraçar e compartilhar utensílios.

A nota ressalta ainda a necessidade de familiares, cuidadores e professores ficarem atentos. Os sintomas começam com febre alta, gânglios aumentados, falta de apetite, dificuldade para deglutir, manchas vermelhas com vesículas branco acinzentadas na boca, amígdalas e faringe.

Para controle, é necessário que instituições educacionais de Goiânia notifiquem a ocorrência de dois casos ou mais ao Cievs da SMS, pelos contatos (62) 3524-3389 em dias úteis ou o plantão do Cievs (62) 9 9689-7470, além do e-mail: [email protected].

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