PC apreende R$ 20 milhões de corretora de criptomoedas acusada de lavagem de dinheiro

Segundo a PCGO, supostos investidores também poderão ser acusados de crimes contra a ordem econômica.

Postado em: 29-11-2021 às 08h15
Por: Ícaro Gonçalves
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Segundo a PCGO, supostos investidores também poderão ser acusados de crimes contra a ordem econômica | Fotos: Divulgação/ Polícia Civil

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) cumpriu na última sexta-feira (29/11) operação contra uma corretora de investimentos em criptomoedas e apostas em jogos esportivos acusada de lavagem de dinheiro e crime contra a economia popular, em Bela Vista de Goiás. As informações foram divulgadas neste domingo (28).

A Operação, batizada de “Octopus”, durou aproximadamente três meses e foi comandada pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon). Os investigadores descobriram uma estrutura organizada, com divisão de tarefas, que usava a fachada de empresa de corretagem. O grupo investigado prometia às vítimas lucro certo de 50% ao mês no início das atividades (primeiro semestre de 2020) e 30% em período mais recente.

Ao todo, foram cumpridas 74 medidas cautelares, com o bloqueio judicial de aproximadamente R$ 20 milhões, mediante apreensão de 15 contas bancárias com valores dos investigados. Foram cumpridos 4 mandados de prisão temporária, 11 mandados de busca e apreensão e 2 sequestros de veículos de luxo. Com o grupo, a polícia ainda encontrou três armas de fogo.

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Segundo a Polícia Civil, além do grupo criminoso, supostos investidores também poderão ser acusados de crimes contra a ordem econômica ao obterem lucros financeiros sem justa causa, atípicos e desproporcionais, ocasionando prejuízos financeiros a centenas de pessoas.

Operação Octopus

A ação policial contou com apoio do Laboratório Tecnológico de Combate à Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil do Estado de Goiás, assim como do Núcleo de Operações com Criptoativos da Coordenação Geral de Combate ao Crime Organizado (Secretaria de Operações Integradas) do Ministério da Justiça e Segurança Pública e Gerência de Operações de Inteligência da PCGO.

Também auxiliaram na operação a Gerência de Operações de Inteligência, Delegacias Especializadas, Distritais, Regionais e da Delegacia de Polícia de Caiapônia GO.

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