Nome de André Mendonça ao STF é aprovado da CCJ no Senado

Dos 27 presentes, 18 votaram a favor de Mendonça, outros 9 contra.

Postado em: 02-12-2021 às 09h01
Por: Redação
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Dos 27 presentes, 18 votaram a favor de Mendonça, outros 9 contra. | Foto: Reprodução/Internet

Foi aprovado ontem (1º)  o nome do ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União André Mendonça  pela Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) do Senado Federal. O evento, que durou cerca de 8 horas, teve votação secreta. Dos 27 presentes, 18 votaram a favor de Mendonça, outros 9 contra.

Na última parte da sabatina, vários senadores anteciparam publicamente o voto, entre eles Simone Tebet (MDB-MS), Jorginho de Mello (PL-SC), Orioristo Guimarães (Podemos-SP) Eduardo Gião (Podemos-CE). Eles destacaram a humildade e reputação ilibada do candidato à vaga do Supremo Tribunal Federal (STF).

Armas

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Outro tema levado ao sabatinado foi posse e porte de armas. Sobre esse assunto, ele disse que “há espaço” para isso no Brasil. Apesar da declaração, Mendonça não quis se posicionar sobre flexibilização da política armamentista. “A questão que deve ser debatida é quais os limites, até que ponto e até que extensão. Dentro dessa perspectiva, a questão está levada à discussão no STF, e nesse contexto sob pena tornar-me impedido para me manifestar como juiz da Suprema Corte caso aprovado por esse Senado federal, eu não posso me manifestar sobre a exatidão da possibilidade ou não ou da constitucionalidade ou não do tratamento que foi dado pelos decretos e também por atos legislativos que tratam da matéria”, justificou.

Pandemia

Sobre o enfrentamento à pandemia de covid-19, Mendonça disse as vacinas contra o novo coronavírus vieram em “boa hora”. “Foram a causa fundamental de termos equacionado, pelo menos a níveis não tão tristes de número de mortes ou não tão altos”. “Em muitos momentos, eu podia observar que as autoridades foram aprendendo durante o processo”, disse.

Entretanto, ele ressaltou que pode ter havido “desvio de conduta” de autoridades durante o enfrentamento da pandemia de covid-19. Mendonça acrescentou que “o valoroso trabalho da CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia] deve ser levado a sério por todas as instituições do sistema de Justiça”. “Espero que dentro desse contexto possamos, em breve, não só aquilo em análise na PGR [Procuradoria-Geral da República] ou no STF, dar essa resposta tempestiva, correta e séria”, completou.

Delação premiada

Sobre o instituto da delação premiada, André Mendonça disse aos senadores que instrumento não pode ser utilizado como prova para incriminar alguém. “Entendo que uma delação premiada não é elemento de prova. Não posso basear uma convicção com base numa delação”, defendeu. “As generalizações são péssimas, o prejulgamento não se pode aceitar. Não se pode criminalizar a política”, completou. Para o sabatinado, o combate à corrupção deve ser feito “respeitando os direitos e garantias individuais”.

Segunda instância

Em relação à prisão após condenação em segunda instância, Mendonça disse que é favorável, mas ressaltou que defende a segurança jurídica. Por isso, qualquer mudança nesse entendimento no STF teria que ser feita pelo Legislativo. “Diante desse quadro, importa dizer que sou adepto do princípio da segurança jurídica. Assim, entendo que a questão está submetida ao Congresso Nacional, cabendo a este deliberar sobre o tema, devendo o Supremo Tribunal Federal revisitar o assunto apenas após eventual pronunciamento modificativo por parte do Poder Legislativo sobre a matéria e caso o Judiciário seja provocado a fazê-lo.”

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