Caso Wanderson: suspeito se entrega a polícia neste sábado (4) em Gameleira de Goiás

Ele é o principal suspeito pela morte de sua esposa Rariane Aranha, que estava grávida, de sua enteada Gaysa, de 2 anos, e do fazendeiro Roberto Clemente, de 73 anos, no último domingo em Corumbá de Goiás

Postado em: 04-12-2021 às 11h56
Por: Augusto Sobrinho
Imagem Ilustrando a Notícia: Caso Wanderson: suspeito se entrega a polícia neste sábado (4) em Gameleira de Goiás
Ele é o principal suspeito pela morte de sua esposa Rariane Aranha, que estava grávida, de sua enteada Gaysa, de 2 anos, e do fazendeiro Roberto Clemente, de 73 anos, no último domingo em Corumbá de Goiás | Foto: Reprodução

O caseiro Wanderson Mota Protácio, de 21 anos, se entregou a polícia, neste sábado (04/12), em Gameleira de Goiás. Ele é o principal suspeito pela morte de sua esposa Rariane Aranha, que estava grávida, de sua enteada Gaysa, de 2 anos, e do fazendeiro Roberto Clemente, de 73 anos, no último domingo em Corumbá de Goiás. O homem era procurado pela Polícia Militar (PM) desde segunda-feira (29).

Em coletiva de imprensa, realizada nesta manhã, na sede da 3ª Regional de Delegacia de Policia Civil, o secretário de Estado da Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, comemorou a operação da PM e a comparou com as buscas por Lázaro Barbosa, em julho desde ano. “Desde os crimes a gente vem montando estratégias para saber lidar com a alta periculosidade dele”, disse o secretário.

Segundo os policiais militares, ontem foram realizadas reuniões para estabelecer estratégias pontuais e fechar todas as possibilidades de fuga. Entretanto, de acordo com informações iniciais, tiveram êxito com apoio de uma mulher que o convenceu a se entregar a PM durante a invasão da casa dela, nesta madrugada. Wanderson será levado à Casa de Prisão Provisória, em Anápolis.

Continua após a publicidade

O caso

Wanderson nasceu em Governador Nunes Freire, no Maranhão, e se mudou para Goiás para trabalhar como caseiro. Há pouco mais de um mês, ele havia sido contratado para trabalhar em uma fazenda no município de Corumbá, numa região chamada de Congonhas dos Alves.

Wanderson mudou-se com Rariane e a enteada, a qual ele fazia questão de chamar de filha. Ele e sua esposa tiveram um relacionamento de cinco meses, e esperavam um bebê. Aos domingos, Wanderson tirava folga do serviço e costumava ir para a casa dos parentes da esposa, em Corumbá.

Segundo Nélia Fonseca, dona da fazenda onde Wanderson trabalhava, o rapaz não demonstrava agressividade. Nélia chegou a receber indicações de Wanderson para a função.

No dia do crime, Wanderson, sua esposa e a criança foram para a casa dos parentes de Rariane, e só retornaram à noite. O pai de Nélia estava no local, e conta que não percebeu nada de estranho até o momento em que Wanderson lhe pediu para que levasse Rariane ao hospital, pois ela estava passando mal.

No momento em que o idoso iria pegar as chaves de seu carro para socorrer Rariane, Wanderson invadiu sua casa e furtou uma arma com seis balas, retornou à residência onde estava sua esposa e a criança, e atirou contra as duas.

À 250 metros dali estava a casa dos vizinhos, o casal Cristina Nascimento Silva, 45 anos, e o esposo, Roberto Clemente, de 73. Wanderson foi ao local e, sem nenhum motivo sacou a arma e atirou contra a cabeça de Roberto, que morreu na hora. O caseiro ainda ordenou que Cristina tirasse as roupas, que se negou e foi baleada no ombro.

A Fuga

Após os homicídios, Wanderson teria roubado a caminhonete de Roberto, que usou para fugir do local. O veículo foi abandonado na estrada poucos quilômetros depois. Os policiais foram acionados e descobriram os corpos de Roberto, Raniere e Geysa.

O suspeito se escondeu na mata próxima à região, atitude parecida com a do criminosa Lázaro, morto pela PM em junho deste ano. Desde seu desaparecimento, as forças de segurança do estado foram mobilizadas para sua captura, enquanto a Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) trabalha para elucidar a motivação dos crimes. (Informações do texto do repórter Ícaro Gonçalves)

Veja Também