Varejo goiano apresenta queda e acumula saldo negativo em 12 meses, segundo IBGE

Setor varejista vê no Natal boa expectativa para retomada

Postado em: 09-12-2021 às 08h06
Por: Maiara Dal Bosco
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Setor varejista vê no Natal boa expectativa para retomada | Foto: Reprodução

Em outubro de 2021, o volume de vendas do comércio varejista goiano apresentou recuo de 0,6% quando comparado com setembro de 2021, na série com ajuste sazonal. É o que apontam os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) referente ao mês de outubro de 2021 e divulgados ontem (08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em nível nacional, a diminuição foi de 0,1%, na mesma base de comparação. 

Quando comparados outubro de 2021 e outubro de 2020, observou-se um recuo de 10,3% no volume de vendas do comércio varejista goiano. Esse resultado encolhe o crescimento acumulado para 0,3% no ano e para -0,6% nos últimos 12 meses. Já em nível nacional, o volume de vendas do varejo caiu 7,1%. Entretanto, o varejo do país mantém acumulados no ano e em 12 meses, ambos com 2,6%.

De acordo com o IBGE, no comércio varejista ampliado goiano (que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção), o volume de vendas caiu 3,8% em outubro de 2021, quando comparado com o mês anterior, na série com ajustes sazonais. Já quando comparado com o mesmo mês do ano anterior, observa-se queda de 4,5%. Contudo, o setor ainda acumula um crescimento de 10,9% em 2021. Em nível nacional, o volume de vendas do varejo ampliado diminuiu 0,9%, na série com ajustes sazonais. 

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A queda no volume de vendas do varejo goiano de 10,3% na comparação entre outubro de 2021 e de 2020 pode ser explicada, pois, cinco das oito atividades pesquisadas tiveram recuo significativo na mesma base de comparação. O setor que apresentou a maior diminuição foi o de Móveis e eletrodomésticos (-25,4%), seguido pelo setor de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, que apresentou recuo de 18,8%. Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo também tiveram variação significativa para o resultado do mês (-11,5%). 

Avaliação 

Para a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Goiás (FCDL-GO), em contraponto aos últimos recuos registrados nas vendas deste 2º semestre, o faturamento do comércio varejista em Goiás aumentou 13,1% de janeiro a outubro deste ano, segundo indica a PMC divulgada pelo IBGE. O levantamento aponta também que, nos últimos 12 meses, de outubro de 2020 a outubro de 2021, a receita obtida pelo setor nas vendas no varejo expandiu quase 11%. 

“Apesar de o comércio não ter recuperado completamente as vendas no patamar pré-pandemia e estar registrando ainda números aquém do esperado, há uma recuperação gradual no movimento, sobretudo, nas lojas físicas. Isso sugere que o consumidor está se sentindo mais seguro para fazer suas compras, considerando aí, principalmente, o avanço na vacinação e a perspectiva de uma inflação mais controlada em 2022”, avalia o presidente da FCDL-GO, Valdir Ribeiro. 

Expectativa para o Natal 

Com o avanço da vacinação e o pleno funcionamento das atividades comerciais em todo o país, a expectativa é que 77% dos consumidores presenteiem no Natal deste ano, retornando ao patamar de consumo pré-pandemia. É o que aponta pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offer Wise Pesquisas. O levantamento estima que 123,7 milhões de pessoas devam ir às compras de presentes de Natal, com potencial para injetar aproximadamente R$ 68,4 bilhões na economia.

Para o presidente da CNDL, José César da Costa, o avanço da vacinação e a reabertura total das atividades comerciais trazem uma boa expectativa para o setor. “Este ano será possível realizar festas e eventos sociais e coorporativos. Isso também estimula as compras e o consumo. Apesar do cenário econômico preocupante, a pesquisa demonstra que a força simbólica e cultural do Natal se sobrepõe às adversidades que os brasileiros ainda lidam com a crise econômica. O Natal é o período mais aguardado do ano para consumidores e comerciantes e dá indícios de que a disposição dos brasileiros para consumir está retornando, ainda que aos poucos”, destaca Costa. (Especial para O Hoje)

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