Obras do BRT em Goiânia deverão ser entregues até março de 2022, prevê Seinfra

Em seis anos, obras do BRT na Capital sofreram reajuste de aproximadamente R$ 55 milhões.

Postado em: 11-12-2021 às 09h41
Por: Victoria Lacerda
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Em seis anos, obras do BRT na Capital sofreram reajuste de aproximadamente R$ 55 milhões. | Foto: Reprodução

A obra do BRT em Goiânia deverá ser entregue até março de 2022. É o que afirma a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra). De acordo com a pasta, a expectativa é entregar todo o trecho até o final de março, o que inclui o trecho entre o Terminal Recanto do Bosque até o Terminal Isidória. Desde 2015, a obra foi orçada inicialmente no valor de R$ 240 milhões, porém o preço sofreu um reajuste de aproximadamente R$ 55 milhões. 

Em entrevista ao jornal O Hoje, o secretário municipal da Seinfra, Fausto Sarmento, afirmou que atualmente as obras estão concentradas no Viaduto Perimetral e na Praça Cívica, e que o grande entrave são as estações que o Iphan ainda não liberou na Avenida Goiás e na Praça Cívica. Os terminais Isidoria e Rodoviária dependem agora da parte da operadora, com mobiliários. 

Ao ser questionado sobre a demora na conclusão das obras, o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Fausto Sarmento, explicou que é normal uma obra que demore, o principal motivo é a ocorrência de reajustes dos preços e no período atual, as fortes tempestades de verão que a capital vem enfrentando. Segundo ele, o Terminal Perimetral está em fase final de acabamento com pintura e o Recanto do Bosque já está operando. Vale lembrar que a finalização das estações e desses terminais só é possível com a entrada da operadora, já que cabe a eles a instalação de catracas, mobiliário, display, entre outros. O secretário municipal afirmou que esse trecho deverá ser entregue até meados de março. 

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Segundo a Summit Mobilidade Urbana, a obra também pode ajudar a diminuir a desigualdade de opções de mobilidade, pois elevaria em 60% a possibilidade de acesso a uma estação BRT. Outros estudos analisam o quadro mais abrangente de melhorias que a conclusão do BRT pode trazer na vida das pessoas da região. A diminuição de trânsito e acesso a viagens mais rápidas e seguras pode beneficiar até 58% dos habitantes locais. 

“O BRT será um grande avanço para Goiânia e sua mobilidade urbana, acredito que alguns cantos já vão melhorar muito, no cruzamento com a Perimetral e principalmente depois com o Terminal Isidória, será ótimo”, finalizou Fausto Sarmento.  

Entenda o que é o BRT

O projeto do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT, na sigla em inglês), é um corredor que liga Norte-Sul, uma obra de 21 km de extensão, com seis terminais, 36 estações de embarque e desembarque, duas passagens inferiores e um viaduto. O sistema viário é feito com pavimentação em concreto armado no corredor central, cerca de 42 km de calçada com acessibilidade, semaforização inteligente. 

As obras visam atender os passageiros do transporte coletivo na região metropolitana de Goiânia. O Trecho II, que liga o Terminal Recanto do Bosque ao Terminal Isidoria, está com 92% concluído, e o Trecho I, do Terminal Isidoria ao Terminal do Cruzeiro, está com 20% realizado, porém, a empresa abandonou a obra após o cancelamento do contrato.

Ônibus automáticos  

De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Passageiros da Região Metropolitana de Goiânia (SET), os novos veículos a serem utilizados nas linhas do Bus Rapid Transit (BRT) em Goiânia, quando a obra for concluída contarão com ar-condicionado, capacidade para 102 passageiros no total, câmeras de segurança e serão automáticos. Ao todo, inicialmente, o projeto do BRT contempla 28 veículos que atenderão à população no percurso. Cada um custou, em média, R$ 750 mil, totalizando um investimento, neste primeiro momento, de R$ 4,5 milhões. 

Os veículos possuem 14 metros de comprimento e sua capacidade máxima é de 102 pessoas, sendo 48 sentadas e 54 em pé. Além disso, o piso do veículo é no nível da plataforma do BRT, o que facilitará e oferecerá maior agilidade no embarque e desembarque de passageiros, principalmente aos portadores de necessidades especiais. Os chassis dos ônibus são da Mercedes Benz e a carroceria foi desenvolvida pela empresa Caio, localizada no interior de São Paulo. (Especial para O Hoje)

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