Programa para identificação de variantes da Covid-19 é ampliado em Aparecida

Todas as amostras com covid-19 coletadas a partir de 8 de dezembro e que se enquadram nos critérios científicos serão sequenciadas

Postado em: 16-12-2021 às 07h00
Por: Maiara Dal Bosco
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Todas as amostras com covid-19 coletadas a partir de 8 de dezembro e que se enquadram nos critérios científicos serão sequenciadas | Imagem: reprodução

Após ter detectado, no último dia 12, a variante ômicron do novo coronavírus em duas moradoras de Aparecida que tiveram contato com um casal de missionários vindo de Luanda (África), a Secretaria de Saúde (SMS) ampliou o Programa de Sequenciamento Genômico. Assim, todas as amostras com covid-19 coletadas a partir de 8 de dezembro – quando uma das moradoras testou positivo para a infecção – e que se enquadram nos critérios científicos serão sequenciadas.

“Em Aparecida, já fizemos mais de 405 mil testes RT-PCR padrão ouro internacional e essa testagem em massa nos permite realizar também um sequenciamento genômico mais abrangente, técnica que começamos a fazer em abril deste ano e que permite identificar a informação genética contida nas amostras dos exames. Já fizemos mais de 2.200 análises de conteúdo genético do vírus e agora vamos ampliar”, destaca o prefeito Gustavo Mendanha.

O secretário de Saúde Alessandro Magalhães ressalta que a testagem em massa contribui significativamente para salvar vidas e reduzir agravamentos de casos, além de respaldar as decisões do Comitê Municipal de Enfrentamento à covid-19 e monitorar a situação real da pandemia no município. “Somado à testagem, o sequenciamento genômico aprimora nossas estratégias permitindo a identificação precoce das variantes do novo coronavírus que circulam na cidade e a tomada de medidas sanitárias específicas”, enfatiza ele.

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A diretora de Avaliação de Políticas de Saúde da SMS, Érika Lopes, responsável pelo Programa de Sequenciamento Genômico, explica que o número de sequenciamentos realizados é variável, dependendo do cenário epidemiológico e de fatores como o número total de casos positivos, a circulação de variantes de preocupação e o número de hospitalizações, dentre outros. “Já houve semanas nas quais analisamos cerca de 20 amostras e noutras chegamos a 111. Considerando o período compreendido entre 7 de novembro e 4 de dezembro, por exemplo, dentre 199 RT-PCR’s feitos pelo HLAGYN, o laboratório contratado, 74 amostras foram sequenciadas, o que representa 37,18% do total analisado”.

Critérios

De acordo com Érika, o Programa de Sequenciamento analisa amostras colhidas em moradores durante a realização do RT-PCR que tenham uma carga viral mínima e com os seguintes critérios: pacientes com suspeita de reinfecção, pacientes de baixo risco que precisaram de internação e pacientes aleatórios agrupados por semana epidemiológica.

A chefe do CIEVS de Aparecida, Giselle Caetano Souza, destaca que o órgão investiga e faz um acompanhamento detalhado de novas variantes de preocupação identificadas pelo sequenciamento genômico. “Analisamos duplicidades, corrigimos inconsistências, avaliamos os sistemas e supervisionamos os núcleos de vigilância hospitalar, trabalhamos no esforço conjunto da Saúde de Aparecida contra a pandemia e para salvar vidas.” (Maiara Dal Bosco, Especial para O Hoje)

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