Secretaria de Estado da Saúde alerta população sobre surto de Influenza em Goiás

Proteção são as mesmas mantidas contra Covid 19. Não há casos de H3N2 em Goiás.

Postado em: 18-12-2021 às 08h26
Por: Redação
Imagem Ilustrando a Notícia: Secretaria de Estado da Saúde alerta população sobre surto de Influenza em Goiás
Proteção são as mesmas mantidas contra Covid 19. Não há casos de H3N2 em Goiás. | Foto: Reprodução/Internet

Por Alzenar Abreu

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgou na sexta-feira (17) nota técnica como alerta a população de Goiás sobre surto em São Paulo e Rio de Janeiro do vírus da Influenza tipo H3N2. A doença já  matou três pessoas no Rio de Janeiro e  ainda não possui vacina para combate da cepa específica conhecida como “Darwin”.  Como é fabricada no hemisfério norte,  a previsão de chegada é para segunda quinzena de fevereiro ou início de março.  Especialistas informaram que o medicamento Tamiflu, que combate o vírus, já está em falta em São Paulo, embora seja fabricado no Brasil. Não há registro de casos em Goiás.

No informe a SES-GO diz  ao considerar a notificação de surtos em outros estados brasileiros, o retorno da circulação do vírus em Goiás e a baixa cobertura vacinal contra influenza no estado (73,30%), a  superintendência de Vigilância em Saúde (SUVISA) alerta população,  gestores e profissionais de saúde para que reforcem as medidas de prevenção ( leia orientações nesta página), controle e tratamento oportuno da influenza e outros vírus respiratórios.  Essas doenças podem ser incluídas no leque das Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAGS), que podem acometer indivíduos e não necessariamente estão na lista das já esclarecidas.  

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De acordo com o infectologista Boaventura Brás de Queiroz diz que o mais importante para proteger-se, nesse momento, é usar a máscara.  E que essa doença com relação à Covid possui o mesmo risco de transmissibilidade, mas menor em termos de agravamento como a Covid. “Entretanto, já no segundo diz de sintoma deve-se buscar o médico porque a Influenza, se não tratada a tempo, pode leva também, a casos agudos”, explica.

Segundo o especialista, as medidas sanitárias já adotadas contra Covid ajudam a proteger das infecções respiratórias causadas pelos tipos de Influenza ( A,B,C e D, H1N1, H2N3). “ Vemos isso porque na pandemia. os casos desse tipo de gripe foram muito menores”, explica.    

Os sintomas da Influenza, incluso a H3N2 são muito variáveis, podendo ocorrer desde a infecção assintomática até formas graves. Em decorrência dessa variação,  a SES-GO  definiu como casos suspeitos  caso o indivíduo  apresente febre de início súbito, acompanhada de tosse ou dor de garganta e pelo menos um dos seguintes sintomas: dor de cabeça, musculares, nas articulações, na ausência de outro diagnóstico específico. Em crianças com menos de dois anos de idade, considera-se, também, como caso de síndrome gripal: febre de início súbito, tosse, coriza e obstrução nasal.

Para casos mais graves e definidos em geral como SRAG os sintomas são, para qualquer idade,   

síndrome gripal que apresente sinais de gravidade como desconforto respiratório ou aumento da frequência respiratória avaliada de acordo com a idade ou ainda piora nas condições clínicas de doença de base.

 Em crianças além dos itens anteriores, observar os batimentos de asa de nariz, má oxigenação do sangue,  movimento de retração da musculatura entre as costelas durante a inspiração, desidratação e inapetência.

A febre é um sintoma importante com duração em torno de três dias. Os sintomas respiratórios como a tosse e outros tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral de três a cinco dias após o desaparecimento da febre. Deve ser dada atenção especial a essas alterações quando ocorrerem em pacientes que apresentem condições e fatores de risco para complicação por influenza.

A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. É de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais, podendo também causar pandemias. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que os casos de influenza variam de quadros leves a graves. A doença pode ser causada pelo vírus do tipo A ou B. Sendo que, a cepa A, altamente mutável, tem potencial pandêmico. Habitualmente em cada ano temos a circulação de mais de um tipo de influenza concomitantemente, como Influenza A H1N1 , Influenza A H3N2 e Influenza B. Espera-se que o influenza tenha um comportamento sazonal e que a virulência da cepa circulante contribua para o aumento das hospitalizações e mortes.

Orientações:

-Manter distância de 1,5 metros das outras pessoas;

-Higienizar as mãos com frequência;

-Lavar com água e sabão ou use álcool gel 70%;

-Utilização correta das máscaras cobrindo a boca e o nariz;

-Adotar hábitos saudáveis, alimentar-se bem e manter-se hidratado;

– Não compartilhar utensílios de uso pessoal, como toalhas, copos,

talheres e travesseiros;

– Evitar frequentar locais fechados ou com muitas pessoas

– Casos sintomáticos orientar o afastamento temporário das atividades de rotina (trabalho, escola), de acordo com cada caso, avaliando o período de transmissibilidade da doença.

Aos profissionais de Saúde

É indispensável, também, a coleta e envio de amostras de casos de síndrome gripal em que há suspeita de surto em instituições e de todos os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (internados/ óbitos), para Laboratório de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (LACEN).

Nos casos em que há necessidade de hospitalização devido a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), é obrigatória a notificação às autoridades de saúde pelo sistema Sivep-gripe. Tanto a SG como os casos de SRAG podem ser em decorrência de outros vírus como o SARS-CoV-2 que causa a Covid-19.

São condições e fatores de risco para complicações as mulheres grávidas – em qualquer idade gestacional – puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal), adultos com mais de 60 anos, crianças com menos de 5 anos (sendo que o maior risco de hospitalização é em menores de 2 anos, especialmente as menores de 6 meses com maior taxa de mortalidade).

Indivíduos portadores de doenças crônicas assim como população indígena aldeada ou com dificuldade de acesso, bem como indivíduos menores de 19 anos de idade em uso prolongado de ácidoacetilsalicílico e obesidade.

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