30% dos inadimplentes diz que vão gastar mais no Natal

Agravamento da crise, com desemprego fizeram com que muitos goianos ficassem sem saldar dívidas. A prioridade é presentear ao invés de quitar contas.

Postado em: 18-12-2021 às 09h39
Por: Redação
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Agravamento da crise, com desemprego fizeram com que muitos goianos ficassem sem saldar dívidas. A prioridade é presentear ao invés de quitar contas. | Foto: Reprodução/Internet

Por Ítallo Antkiewicz

Cerca de três em cada dez consumidores (30%) que pretendem presentear alguém no Natal deste ano têm contas em atraso, sendo que dois terços (67,2%) estão com o nome sujo. O valor corresponde a um aumento de 16 pontos percentuais em comparação com o do ano passado. Os dados foram apresentados por uma pesquisa realizada pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), em parceria com a Offer Wise.

O levantamento também mostra que 27% dos que devem comprar presentes de Natal costumam gastar mais do que podem. Desses, 7% planejam deixar de pagar alguma conta para adquirir os presentes, 8% para conseguir participar das comemorações de Natal e 6% das comemorações de Ano Novo. 

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De acordo com os entrevistados, as principais contas que deixarão de ser pagas para comprar presentes de Natal ou participar das festas de fim de ano são a TV por assinatura (24%), o cartão de crédito (20%), a internet (20%), o financiamento de carro ou moto (13%) e as contas de água e luz (11%).

Para o presidente da CNDL, José César da Costa, é importante resistir aos excessos de consumo para evitar entrar no próximo ano com mais dívidas. “O recomendável é não comprar por impulso e planejar as despesas de acordo com o orçamento, sempre priorizando a quitação de contas”, orienta ele.

“O início do ano é sempre uma época de gastos extras como impostos e material escolar dos filhos, por exemplo. Fazer uma lista prévia do que se deseja e pesquisar preços são as atitudes mais indicadas para não extrapolar as finanças”, reforça Costa.

Tradição, demonstração de afeto, merecimento, pressão dos filhos e familiares motivos não faltam para justificar as despesas com a compra de presentes no Natal. Porém, muitas pessoas tomam decisões financeiras impensadas nesta época e acabam comprometendo o orçamento, gastando mais do que podem e se endividando.

Pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a OfferWise, identificou que 30% dos consumidores que pretendem presentear este ano possuem contas em atraso, sendo que 67% estão com o nome sujo, um aumento de 16 pontos percentuais em comparação com o ano passado.

O levantamento também mostra que 27% dos que devem comprar presentes de Natal costumam gastar mais do que podem, 7% pretendem deixar de pagar alguma conta para adquirir os presentes, 8% para conseguir participar das comemorações de Natal e 6% das comemorações de ano novo.

O presidente da CNDL, José César da Costa, ressalta a importância de resistir aos excessos de consumo para evitar entrar no próximo ano com mais dívidas. “O recomendável é não comprar por impulso e planejar as despesas de acordo com o orçamento, sempre priorizando a quitação de contas. O início do ano é sempre uma época de gastos extras como impostos e material escolar dos filhos, por exemplo. Fazer uma lista prévia do que se deseja e pesquisar preços são as atitudes mais indicadas para não extrapolar as finanças”, destaca Costa.

Mas o perfil do consumo deve ser levado em consideração. Pois, o economista alerta para nunca desistir de negociar. Ou, ter medo das consequências das dívidas. Segundo especialistas, o medo de encarar a realidade deve, a todo custo, ser vencido pela organização financeira.

Valor médio das dívidas é de R$ 1.041

Segundo a pesquisa, 15% dos consumidores que realizaram compras de final de ano em 2020 ficaram com o nome sujo por causa das dívidas pendentes, sendo que 6% já limparam o nome e 8% ainda estão negativados. Em média, o valor das dívidas é de R$ 1.041,53, com aumento de R$ 491 frente a 2020, em que o valor foi de R$ 550,50.

“É compreensível o apelo ao consumo durante o Natal, mas a pessoa deve gastar de acordo com sua realidade financeira. Se há dívidas a pagar, assumir novos compromissos poderá piorar ainda mais este quadro. O ideal é restringir os gastos e equacionar as contas em atraso em primeiro lugar”, alerta Costa. “Também vale a pena planejar-se antes de sair de casa, avaliando o orçamento disponível para os presentes, elaborando uma lista com as pessoas a serem presenteadas e evitando que a empolgação do momento interfira nas decisões financeiras”, recomenda o presidente da CNDL.

A dona de casa Ivelyne Rodrigues, relata que “estou devendo no cartão de crédito há alguns meses, não consegui pagar, porque o juros são enormes, e saiu um pouco fora do meu orçamento para o fim de ano, não irei conseguir pagar no momento, mas por ser tratar de fim de ano, como vou ficar sem comprar alguma coisa nova para minha casa? Ou uma roupa, sapato novo? Peguei o meu 13º e fiz umas comprinhas para mim, aproveitei mesmo, comprei o que eu queria, e sinceramente as contas que esperem um pouco.”

Outra consumidora, a dona de casa Daniele Borges “estou devendo 2 cartões de créditos, não irei pagar por agora, os juros aumentaram e o valor ficou mais caro, não tenho como pagar essas contas, mas mesmo assim, peguei um pouco do meu salário e fui às compras, comprei roupas, alguns móveis novos para minha casa, mesmo devendo, não deixo de comprar alguma coisa para mim ou para minha casa, para pagar contas, as contas vem depois.” Relata Daniela.

Filhos 

Praticamente a metade dos que possuem filhos (49%) afirmam que escolhem sozinhos o presente, enquanto 40% dizem que escolhem em conjunto com os filhos. O levantamento aponta ainda que 11% admitem que pretendem deixar de pagar alguma conta para poder atender as vontades de seus filhos.

Nome sujo após 2020 

Os excessos durante as festas de fim de ano fizeram com que 15% dos compradores ficassem com o nome sujo por causa das dívidas pendentes, sendo que 6% já limparam o nome e 8% seguem negativados. 

Conforma o levantamento, o valor médio das dívidas é de R$ 1.041,53, que corresponde a um aumento de R$ 491 em comparação ao mesmo período de 2020, quando as dívidas eram de, em média, R$ 550,50. Costa adverte que assumir novos compromissos poderá piorar ainda mais o quadro dos endividados neste momento e orienta que se tenha atenção para evitar o apelo ao consumo durante o Natal e gastar de acordo com a realidade financeira própria. 

“O ideal é restringir os gastos e equacionar as contas em atraso em primeiro lugar. Também vale a pena planejar-se antes de sair de casa, avaliando o orçamento disponível para os presentes, elaborando uma lista com as pessoas a serem presenteadas e evitando que a empolgação do momento interfira nas decisões financeiras”, afirma o presidente da CNDL. (Especial para O Hoje)

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