Final de ano: Especialistas alertam para cuidados de adultos e crianças na prevenção à Covid-19

O médico sanitarista Sergio Zanetta recomenda que em caso de reunião familiar, a preferência seja por lugares abertos

Postado em: 29-12-2021 às 09h07
Por: Maiara Dal Bosco
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O médico sanitarista Sergio Zanetta recomenda que em caso de reunião familiar, a preferência seja por lugares abertos | Foto: Reprodução

Depois de quase dois anos, a expectativa das famílias para passar as festas de final de ano reunidas aumentou com a vacinação e com a diminuição dos casos de Covid-19. Entretanto, ainda é necessária a manutenção de cuidados para evitar a disseminação da doença, sobretudo porque mesmo que o Natal já tenha passado, há, ainda, as comemorações do Réveillon.

De acordo com o médico sanitarista e professor de Saúde Pública e Epidemiologia do Centro Universitário São Camilo – SP, Sergio Zanetta, é possível que as pessoas se reúnam com suas famílias, uma vez que, hoje há vacinas e um controle da transmissão razoável, além de ser de conhecimento da população a necessidade do uso de máscara para proteção. O médico recomenda que em caso de reunião familiar, a preferência seja por lugares abertos, que tenham ventilação constante e troca de ar.

“O problema das festas de final de ano é a presença de alguma pessoa da família que, por algum motivo que não seja de saúde – que não seja alguma restrição pessoal e de saúde, esteja sem se vacinar”, aponta Sérgio. O professor de Saúde Pública e Epidemiologia do Centro Universitário São Camilo – SP explica que as pessoas têm o direito de não se vacinarem, contudo, não têm o direito de infectar outras pessoas, uma vez que a pessoa não vacinada transmite mais a doença do que uma vacinada.

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“A pessoa vacinada pode transmitir a doença, mas muito mais dificilmente do que a pessoa que não foi vacinada. O ideal é que todas as pessoas que se reunirão – adultos, acima de 12 anos – estejam perfeitamente vacinados, com todas as doses disponíveis, para que se possa festejar com mais segurança, estando, ainda, em um ambiente aberto”, finaliza o especialista.

Crianças

No caso das crianças abaixo dos 12 anos de idade, que ainda não estão imunizadas – ou imunizadas completamente, contra a Covid-19, também é preciso que haja uma série de cuidados para que as crianças tenham um final de ano seguro.

O gerente médico e Infectologista do Sabará Hospital Infantil, Dr. Francisco Oliveira, explica que o aparecimento de variantes pode ocorrer enquanto a pandemia ainda não estiver controlada, principalmente em locais onde a cobertura vacinal não é adequada. O especialista afirma que a pandemia não acabou e que os cuidados, principalmente com as crianças e adolescentes (principalmente os não vacinados) devem continuar. “É necessário continuar a não aglomerar, a utilizar máscaras a partir dos dois anos e usar álcool em gel”, explica o especialista. 

O Infectologista também destaca a necessidade para o uso de máscaras, que são a melhor prevenção contra a Covid-19, assim como contra outros vírus respiratórios, por serem seguras e eficazes. “Em primeiro lugar, em espaços fechados, é recomendado que todos continuem usando máscara na maior parte do tempo, tanto crianças​ quanto adultos, com uma máscara de boa qualidade bem ajustada ao rosto”, explica o infectologista. O médico lembra que para os bebês e crianças menores de dois anos não se recomenda o uso da máscara. O mesmo vale para crianças com necessidades especiais, que podem ficar agitadas com o uso da máscara, apresentando riscos. 

Além disso, o especialista também destaca o cuidado que se deve ter em meios de transporte, no geral. “Transportes públicos são locais com alto risco de infecção. Assim, cabem maiores cuidados. Em veículos coletivos, estações rodoviárias e aeroportos é importante estar sempre de máscara, manter distanciamento e utilizar álcool em gel”, finaliza Francisco.

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