Com 38 casos confirmados, ômicron foi detectada em nove pessoas sem histórico de viagem

Mesmo com esse aumento, a Saúde descarta neste momento a implantação de medidas mais restritivas

Postado em: 31-12-2021 às 08h32
Por: Daniell Alves
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Mesmo com esse aumento, a Saúde descarta neste momento a implantação de medidas mais restritivas | Foto: Reprodução

A transmissão comunitária da variante Ômicron já é realidade em Goiás. Até o momento apenas uma pessoa foi internada pela nova variante, mas teve alta e continua em tratamento em casa. Não há informações oficiais de que o paciente era vacinado ou não. Até a última atualização, eram 38 notificações no território goiano – com 16 novos casos. Foi detectada a variante em nove pessoas sem histórico de viagem ou contato com viajantes e um caso de paciente que viajou recentemente para a África. Os resultados foram obtidos por meio do sequenciamento genômico realizado pela parceria entre a pasta, a Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO).

Mesmo com esse aumento, a Saúde descarta neste momento a implantação de medidas mais restritivas, afirma a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim. Segundo ela, o indicador de internação ainda não demonstrou aumento significativo. “O importante é que temos duas grandes ações para controle: a vacinação e testagem. Agora é o momento de testar as pessoas. Os municípios devem aproveitar as festas de fim de ano para facilitar o acesso à testagem”, avalia. 

A partir desse cenário, já é possível considerar a transmissão comunitária da nova variante em alguns municípios – ocorrência de casos sem vínculo a um paciente confirmado, em área definida, não sendo possível rastrear qual a origem da infecção.

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Esse é o caso de Aparecida de Goiânia, com 22 casos anteriormente detectados. A superintendente de Vigilância em Saúde da cidade, Daniela Ribeiro, informou que, dentre os 22 pacientes, que são pessoas de 17 a 82 anos de idade, 11 já tiveram alta e 11 estão em isolamento domiciliar sendo acompanhados pela Central de Telemedicina. Já no que diz respeito ao vínculo, direto ou indireto, com os dois primeiros casos identificados em Aparecida, que eram de duas pessoas que tiveram contato com um casal de missionários vindos de Luanda (Capital de Angola, País do Continente Africano) e que foram a um encontro religioso em Goiânia, 17 têm vínculo, 1 não tem e 4 estão sob investigação. 

Apenas um paciente dentre os 22 precisou ser internado. Trata-se de um homem de 50 anos, diabético, que ficou 5 dias internado em uma enfermaria, mas já teve alta médica. Considerando a atual situação epidemiológica de transmissão comunitária da Covid-19 em Goiás, independentemente das variantes circulantes, a SES-GO reforça a necessidade da manutenção dos protocolos sanitários. 

“As medidas não farmacológicas, como uso correto de máscara, distanciamento físico, etiqueta respiratória, correta higienização das mãos e, principalmente, a vacinação completa com dose de reforço”, enumera Flúvia. Ela destaca ainda que a população deve adotar “todos os cuidados que minimizem o risco de infecção ou disseminação da Covid-19 em suas rotinas”. No Estado, não há nenhum paciente internado devido à variante Ômicron. Somente um precisou de internação, mas está sendo cuidado em casa. 

Monitoramento

Diante da suspeita de infecção pelo coronavírus, em casos de síndrome gripal ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), o paciente deve ser orientado imediatamente quanto ao isolamento, com o devido acompanhamento pelos serviços de saúde para confirmação diagnóstica e manejo adequado, bem como o rastreamento para que os contatos sejam isolados.

A Saúde reforça que todos os profissionais e instituições de saúde do setor público ou privado devem notificar e comunicar, imediatamente, os resultados de sequenciamento genômico à vigilância epidemiológica local e ao Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde de Goiás (Cievs-GO). 

A notificação imediata e oficial de ocorrência da variante de atenção e/ou preocupação (VOC), como é o caso da Ômicron, bem como o envio de relatório ao Cievs estadual deve ser realizada por meio dos canais oficiais de comunicação.

Ômicron 

Segundo o Ministério da Saúde (MS), evidências científicas apontam que a variante ômicron possui um índice de transmissibilidade maior que as outras, mas não há estudos comprovados sobre a sua severidade e nem sobre a resposta vacinal contra a nova variante.

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