Zona 40 no Centro de Goiânia tem quase 100 mil multas aplicadas aponta Secretaria de Mobilidade

A via que lidera o número de infrações é a Avenida Tocantins, no Centro, com 36.347 registros

Postado em: 04-01-2022 às 08h11
Por: Daniell Alves
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A via que lidera o número de infrações é a Avenida Tocantins, no Centro, com 36.347 registros | Foto: Reprodução

Levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) aponta que a Zona 40 de Goiânia registrou 95.136 multas por excesso de velocidade no último ano. De acordo com o estudo, a via que lidera o número de infrações é a Avenida Tocantins, no Centro, com 36.347, seguida da Avenida Araguaia, que registrou 32.209, e Avenida Paranaíba, com 26.580. Todas fazem parte da Zona 40.

No último ano, mais de 370 mil condutores foram multados por excesso de velocidade em Goiânia, aponta relatório da SMM. A pasta divulgou a pesquisa com as 10 infrações de trânsito mais cometidas em 2021. Segundo o balanço, o excesso de velocidade lidera o número com folga, 376.454 até dia 29 de dezembro.

A segunda no ranking é transitar em faixa exclusiva para o transporte público, com 47.919, seguida por avanço de sinal vermelho do semáforo, com 45.559. Os dados são do dia 1⁰ de janeiro de 2021 a 29 de dezembro do mesmo ano.

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Todas as infrações foram cometidas em vias sinalizadas verticalmente, horizontalmente e com equipamentos eletrônicos, semáforos e redutores de velocidade. “Não há autuações em ruas sem sinalização. O trânsito mata, a única vacina é a mudança de comportamento”, alerta o titular da Mobilidade, Horácio Mello, sobre cuidados no trânsito.

Penalidades

As penalidades para a infração de excesso de velocidade, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) são classificadas de três formas: 1)Velocidade superior à máxima em até 20%: multa média, 4 pontos na CNH e R$ 130,16 em multa; 2) Velocidade superior à máxima em mais de 20% e até 50%: infração de trânsito grave, 5 pontos na carteira de habilitação e multa de R$ 195, 23; 3) Velocidade superior à máxima em mais de 50%: infração gravíssima, 7 pontos na CNH, R$ 293,47 de multa com multiplicador e suspensão do direito de dirigir.

Segundo o Departamento de Trânsito (Detran-GO), o Estado tem 4,3 milhões de automóveis, sendo 1,2 milhão somente em Goiânia. Aparecida de Goiânia aparece em segundo lugar no ranking, com 320 mil veículos. Com relação às motocicletas, são cerca de 920 mil em Goiás. O último estudo divulgado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) mostrou Goiânia em 6° lugar no quesito maior frota de carros do Brasil. Na categoria motos, a Capital ficou em 4° lugar.

Embriaguez

Além disso, o número de infrações envolvendo embriaguez ao volante aumentarem no Estado em comparação ao último ano. O último balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) aponta para aumento de mais de 400%. Conforme a pesquisa, em 2020 foram registrados oito casos. Já neste ano, o número subiu para 42.

Entre as recomendações da PRF para reduzir o risco de acidentes no trânsito estão respeitar os limites de velocidade, manter distância de segurança em relação aos demais veículos, ultrapassar apenas quando houver plenas condições de segurança e não desviar a atenção do trânsito. A PRF também orienta os usuários de rodovias, mesmo antes de viagens curtas, a fazer uma revisão preventiva do veículo, o que inclui a checagem dos pneus, do sistema de iluminação, dos equipamentos obrigatórios, do nível do óleo e do radiador, entre outros itens.

Redutores de velocidade

O secretário de Mobilidade, Horácio Mello, ressalta que, neste ano, ocorrerá a aquisição de novos equipamentos de fiscalização eletrônica, já que uma nova licitação está em andamento. “É uma reivindicação da cidade justamente devido à imprudência. Mas é importante destacar que existe o paradigma de que a implantação é ligada à uma indústria da multa, como se a cidade quisesse produzir dinheiro. Não. Iremos implantar onde é necessário e onde tiver estudo técnico. Multa não é faturamento. Multa é para corrigir um mal. O mal da imprudência que provoca violência e acidentes, e as lombadas são fundamentais”, conclui.

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