Cerca de 2,4 mil famílias de 16 municípios são afetadas pelas chuvas no Nordeste Goiano

Bombeiros já atuam em 16 municípios em situação de calamidade

Postado em: 11-01-2022 às 08h44
Por: Daniell Alves
Imagem Ilustrando a Notícia: Cerca de 2,4 mil famílias de 16 municípios são afetadas pelas chuvas no Nordeste Goiano
Bombeiros já atuam em 16 municípios em situação de calamidade | Foto: Reprodução

Devido às fortes chuvas dos últimos dias, subiu para 16 o número de cidades goianas em situação de calamidade. Agentes do Corpo de Bombeiros de Goiás (CBM-GO) estão atendendo e auxiliando as famílias dos municípios. As chuvas atingiram principalmente moradores das regiões Nordeste, Norte e Centro de Goiás. São cerca de 2,4 mil moradores afetados, de acordo com estimativa do Estado.

Além disso, a previsão para os próximos dias, conforme o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), é de temporais que devem vir acompanhados de raios, rajadas de ventos, podendo provocar alagamentos e cortes de energia.

Grande parte das cidades possuem comunidades que vivem em locais de difícil acesso. Com o bloqueio das pistas e pontes estragadas, as pessoas dependem da chegada de ajuda por barcos ou veículos com tração traseira.

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Corredores de umidade

A formação de corredores de umidade continua atuando no Estado e provoca fortes chuvas. Trata-se da zona de convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Os municípios com previsão de bastante chuvas já foram alertados pelo Cimehgo, informa o gerente do Centro, André Amorim. “Repassei um alerta para o pessoal de Porangatu para tomar cuidado, já choveu (nos últimos dias) e vai chover mais” diz.

De acordo com ele, as chuvas que estão atingindo as cidades goianas são bem localizadas. Portanto, as nuvens permanecem por um longo tempo sob uma mesma região. Nesse sentido, há possibilidade de transbordamento de rios e córregos nessas regiões. O Cimehgo notificou a Defesa Civil e Corpo de Bombeiros Militar a respeito das regiões que estão sob alerta.

Segundo a última atualização, os decretos de calamidade foram estabelecidos para Alto Paraíso de Goiás, Colinas do Sul, Teresina de Goiás, Cavalcante, Monte Alegre de Goiás, Campos Belos, Divinópolis de Goiás, São Domingos, laciara, Formoso, Niquelândia, São João D’Aliança, Guarani de Goiás, Flores de Goiás, Nova Roma e Minaçu. Estas cidades não são as únicas atingidas pelas chuvas de forma drástica.

GO-118

Na última semana, foi liberado o tráfego em meia pista da rodovia GO-118, no trecho entre Alto Paraíso e Teresina de Goiás, que estava totalmente interditado após uma erosão no leito da via. Podem trafegar, no sistema para e siga, veículos de pequeno porte – motos, automóveis de passeio, caminhonetas e vans. A abertura parcial ocorre um dia antes do previsto, com intensificação da sinalização e policiamento no local.

A região ainda está sob chuva constante e intensa, o que dificulta a previsão do término total da obra. Os operários e o maquinário da empresa contratada pela Goinfra permanecem mobilizados em regime de plantão, sob a supervisão da agência, para assegurar trafegabilidade com segurança à rota, que é fundamental para o acesso à região da Chapada dos Veadeiros.

Doações

Diversas famílias tiveram as casas invadidas pela água e acabaram perdendo tudo, como móveis, roupas e alimentos. A Central Única das Favelas de Goiás (CUFA) criou a campanha Socorra o Nordeste Goiano para ajudar as famílias. Pode ser doada qualquer quantia via pix. A chave é o e-mail: [email protected]

Outra campanha, a SOS Vão do Moleque, está arrecadando doações para ajudar famílias kalungas da comunidade Vão do Moleque. A iniciativa é da ONG Rede de Sementes do Cerrado e Associação Cerrado de Pé. “Nós estamos analisando a viabilidade de ajudar estas famílias, uma vez que neste momento o acesso está inviável. Mas vamos seguir com a arrecadação e assim que possível levar tudo que for arrecadado para dar o mínimo de apoio às famílias da comunidade”, explica o diretor da Cerrado de Pé, Claudomiro de Almeida. As doações via pix podem ser feitas para a Associação Quilombola Kalunga – chave: CNPJ 04 075 938 0001 21.

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