Chuvas intensas fecham visitações e arrastam pontes em diversos municípios do Estado

Em Pirenópolis, a Defesa Civil recomendou o fechamento de cachoeiras

Postado em: 12-01-2022 às 08h14
Por: Daniell Alves
Imagem Ilustrando a Notícia: Chuvas intensas fecham visitações e arrastam pontes em diversos municípios do Estado
Em Pirenópolis, a Defesa Civil recomendou o fechamento de cachoeiras | Foto: Reprodução

As chuvas continuam causando estragos em Goiás e a população deve ter atenção redobrada durante este período. Diversos municípios estão sendo atingidos e pessoas perdendo suas casas. Em Pirenópolis, a Defesa Civil recomendou o fechamento de cachoeiras, já que há risco de desabamentos, descargas elétricas e quedas de árvores.

A orientação é baseada nas previsões divulgadas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o Estado. Já para as pessoas que moram perto de regiões de risco ou próximas aos córregos, a Defesa Civil recomenda que procurem um local seguro. Alagamentos podem ocorrer às margens dos rios que percorrem o território municipal. Ontem (11), o Rio das Almas transbordou e o Centro Histórico ficou alagado.

Em vídeos divulgados nas redes sociais é possível ver o alto volume de água na Ponte da Pedreira e na Cachoeira do Abade. No primeiro local, a força das águas ultrapassa a ponte e ainda é possível ver em um dos lados pessoas e um caminhão parados sem poderem ultrapassarem.

Continua após a publicidade

Devido às intensas chuvas na cidade de Goiás, ocorreu um desmoronamento na última segunda-feira (10) de encosta e arrimo de sustentação de uma casa na Rua da Cambaúba, que dá acesso ao Parque Municipal da Carioca. A prefeitura do município e o Corpo de Bombeiro Militar decidiram interditar o acesso de veículos na Rua da Cambaúba, por motivo de segurança. Além da interdição a encosta foi protegida com lonas até o parecer técnico sobre as medidas cabíveis e necessárias para contenção da encosta.

De acordo com o secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Santana, os moradores receberam orientação para desocuparem os cômodos que estão próximos a área onde houve o desmoronamento e que fazem divisa com a casa que foi interditada.

Casa desaba e água invade residências

Em Cavalcante, a parede de uma casa desabou e moradores se assustaram. Uma ponte da GO-230, entre Itapuranga e o distrito de Lua Nova, foi levada pela correnteza e parou no galpão de uma fazenda. Já na zona rural de Novo Brasil, um homem se arriscou para tirar leite das vacas. Ele atravessou um córrego com água pela cintura para chegar aos animais.

No município de Nova Crixás, a força da água também invalidou casas. Os boiadeiros se surpreenderam ao passar com o gado pela fazenda na zona rural. Parte do pasto ficou debaixo d’água e os animais precisaram enfrentar o alagamento.

“O Vale do Araguaia todo, com cidades como Crixás, Aruanã, Bandeirantes, Luiz Alves, precisa estar em atenção. Em Luiz Alves, especialmente na parte baixa, já tem água entrando nas casas. Então, nesse momento, é importantíssimo as pessoas estarem atentas para os alertas. Esse alerta de risco é iminente”, ressalta o gerente do Cimehgo, André Amorim. As chuvas são naturais nesta época do ano, porém quando chegam concentradas em um curto período podem provocar estragos, explica o capitão Ricardo Oliveira, chefe do Departamento de Gestão de Risco da Defesa Civil.

Orientações

A orientação é para que a população procure abrigos seguros diante de uma chuva de tempestade, evite áreas de alagamento para não haver possibilidade das pessoas ficarem ilhadas. Também evitem áreas de risco, como ambiente aberto de pasto e fazenda, nos casos de raios, para que ninguém seja atingido por algum.

Segundo a Defesa Civil, em casos de árvores próximas da residência que ofereçam riscos, os moradores precisam pedir ajuda ao ambiental para poda ou corte das plantas. Também oferecem risco à população infiltrações, rachaduras nas paredes e chãos, e o não plantio de bananeiras ou plantas de raízes curtas em morros. Além disso, quem mora em área de baixada, ao primeiro sinal do aumento do nível de água, deve se abrigar em locais altos e secos.

O órgão ressalta que medicamentos devem ser mantidos em locais seguros e documentações em mochilas impermeáveis, caso seja necessário abandonar a residência. “Águas de enchente estão sempre contaminadas e podem oferecer risco à saúde, como leptospirose ou doenças de pele, por isso é melhor evitar o contato”, diz o comunicado.

Veja Também