Três regiões do Estado concentram maior risco de inundações e deslizamentos

Subiu para 17 o número de municípios em calamidade

Postado em: 13-01-2022 às 08h56
Por: Daniell Alves
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Subiu para 17 o número de municípios em calamidade | Foto: Reprodução

As chuvas no Estado estão mais concentradas no momento em três regiões em Goiás: Oeste, Leste e Central. Nesses recortes estão localizadas cidades que representam a diversidade econômica, turística e da cultura goiana; como Pirenópolis e Goiânia – na região Central; Cristalina, uma potência no agronegócio situado ao Leste; e à Oeste, cidades como Goiás e Iporá.

O capitão Ricardo Oliveira, da Defesa Civil explica que estas regiões estão concentrando maior quantidade de chuvas. Nas cidades turísticas, por exemplo, os rios passam dentro do município e exigem maior atenção durante o período chuvoso.

Ricardo Oliveira informa que a corporação tem realizado o acompanhamento da situação de todos os municípios goianos nesse momento crítico. “Quando temos o conhecimento de riscos, já tomamos medidas como retirar pessoas de áreas perigosas, se preciso isolar determinados lugares, tudo o que for necessário para reduzir qualquer possibilidade de ameaças”.

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Trabalho voluntário

Também está sendo feito um trabalho voluntário nas regiões Norte e Nordeste para atender a população atingida. Subiu para 17 o número de municípios em calamidade por conta das chuvas. A última foi a cidade de Goiás, após o Rio Vermelho entrar em situação de alerta. “O rio não extravasou a calha, mas seguimos observando. Ali já ocorreu situações de risco e, por isso, a cidade entrou nesta lista. Mas outros municípios também continuam sendo monitorados”, diz Ricardo.

No município de Luiz Alves, por exemplo, as fortes chuvas atingiram diversas casas. Ele alerta que, neste período de férias, muitas pessoas pegam a estrada e é necessário cuidado. “É preciso observar o itinerário antes de viajar. Algumas cidades têm interdições temporárias, parciais. Isso pode atrapalhar o roteiro”, explica.

A previsão, conforme antecipa o gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), André Amorim, é que a chuva dê uma pausa a partir da próxima semana. Segundo ele, um bloqueio atmosférico irá se aproximar nos próximos dias e “espantar a umidade” do Estado. O fenômeno deve durar por cerca de nove dias em Goiás e poderá voltar a chover até o fim de janeiro.

Monitoramento

No Estado, a situação de barragens continua com a força-tarefa na região Nordeste com distribuição de cestas de alimentos e água potável aos moradores. A assistência no local é prestada por técnicos das secretarias de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), e da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Em Flores de Goiás, a condição do barramento é considerada segura. “Não há nenhum risco de rompimento”, garantiu a titular da Semad, Andréa Vulcanis.

De acordo com a Semad, os trabalhos em campo visam também garantir segurança e supervisionar alagamentos, como o encontrado em afluente do Rio Paranã, entre os municípios de Flores de Goiás e Formoso. “A situação aqui é bastante crítica”, apontou Andréa Vulcanis ao explicar que as condições impedem o acesso e mantêm famílias isoladas. “É impossível atravessar, a não ser que seja por embarcação”, detalhou a secretária. O prefeito de Flores de Goiás, Altran Avelar, acompanhou as equipes do governo nos locais mais penalizados e apontou que, na região, vivem 115 famílias de uma comunidade quilombola. “Estamos com áreas intransitáveis”, destacou.

Por enquanto, a população deve procurar abrigos seguros diante de uma chuva de tempestade, evite áreas de alagamento para não haver possibilidade das pessoas ficarem ilhadas. Também é recomendado que evitem áreas de risco, como ambiente aberto de pasto e fazenda, nos casos de raios, para que ninguém seja atingido por algum.

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