39 unidades prisionais aplicaram o ENEM para aproximadamente 600 detentos, em Goiás

A quantidade de unidades prisionais que oferecem atividades educacionais também aumentou.

Postado em: 17-01-2022 às 15h55
Por: Victoria Lacerda
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A quantidade de unidades prisionais que oferecem atividades educacionais também aumentou.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) realizou, no último domingo (16/01), a segunda etapa do Exame Nacional do Ensino Médio para pessoas privadas de liberdade ou sob medida socioeducativa, o Enem PPL 2021.

As provas aconteceram em 39 unidades prisionais do Estado. A Unidade Prisional Regional (UPR) de Anápolis se destacou com maior número de presos inscritos: 135, seguida pela UPR de Itumbiara e Casa de Prisão Provisória (CPP) de Aparecida de Goiânia, onde 66 e 40 detentos se inscreveram.

As provas do Enem PPL têm o mesmo nível de dificuldade do Enem regular. A única diferença está na aplicação, que ocorre dentro de unidades prisionais indicadas pelos respectivos órgãos de administração prisional de cada estado.

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O Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término do ensino médio e tornou-se uma das principais portas de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (ProUni).

Em Goiás, 611 presos se inscreveram para fazer a prova. Um levantamento da Gerência de Educação da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) mostra que houve um aumento de 60%, já que em 2020, 382 detentos participaram das provas.

O aumento no número de participantes no Enem PPL 2021 está ligado à ampliação dos projetos de educação dentro das unidades prisionais. O número de presos matriculados aumentou mais de 200%. Em agosto de 2020, 932 presos estavam matriculados nos ensinos fundamental e médio. Este número subiu para 2.823 em setembro de 2021.

A quantidade de unidades prisionais que oferecem atividades educacionais também aumentou. Em 2019, 34 estabelecimentos penais ofereciam ações de ensino. Hoje este número subiu para 78, ou seja, mais de 80% dos presídios de Goiás desenvolvem projetos que dão aos presos a chance de concluir a educação básica.

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