Com falta de vagas em Cmeis, educação infantil enfrenta caos em Goiânia

Números de vagas se esgotou rapidamente e o site alterava as opções selecionadas

Postado em: 28-01-2022 às 08h51
Por: Redação
Imagem Ilustrando a Notícia: Com falta de vagas em Cmeis, educação infantil enfrenta caos em Goiânia
Números de vagas se esgotou rapidamente e o site alterava as opções selecionadas | Foto: Pedro Pinheiro

Por Ítallo Antikiewicz

Vários pais enfrentam problemas para fazer a pré-matrícula dos filhos nos Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) de Goiânia. A prefeitura informou que seriam disponibilizadas 13 mil vagas, mas algumas mães disseram que fizeram o cadastro menos de 10 minutos após a abertura do sistema e já foram colocadas na fila de espera. Em outras situações, o site da prefeitura, por onde o procedimento é feito, apresentou problemas no acesso.

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec) informou que houve um pico de acessos ao sistema no início da manhã, o que causou uma certa instabilidade, mas que a situação já foi normalizada.

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Segundo a prefeitura, foram oferecidas 6,3 mil vagas para Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e instituições conveniadas que atendem os pequenos de 6 meses a 3 anos de idade, além de 3,5 mil para as crianças de 4 e 5 anos na pré-escola. O processo de pré-matrícula foi aberto às 8h no site da Secretaria Municipal de Educação. As vagas estavam divididas em três categorias: 40% para filhos de mães que estão trabalhando, 20% para famílias beneficiárias do Bolsa Família, e o restante para o público em geral.

A Secretaria de Educação disse que, no ato da solicitação, são disponibilizadas as unidades que atendam à faixa etária da criança, entre as quais devem ser selecionadas duas opções. Caso não haja vaga imediata, o candidato é colocado na lista de espera.

Sem vagas nos Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis), que conta com a já tradicional longa fila de espera, goianos lutam nos conselhos tutelares e até na defensoria pública para garantir o atendimento municipal às crianças.

No entanto, os relatos são de que, mesmo com os processos administrativos, sob auxílio do conselho tutelar, essas pessoas não são atendidas pela Secretaria Municipal de Educação (SME). De acordo com a conselheira da Região Sul, Rebeca Martins, a pasta simplesmente ignora os pedidos e não dá resposta plausível.

“Tem mãe que até conseguiu vaga, mas do outro lado da cidade e a Lei determina que as crianças têm que ser atendidas em unidades próximas à sua residência”, denuncia. Ainda, segundo ela, caso não tenha jeito e o estudante tenha que ir para uma escola mais distante, a Prefeitura teria que fornecer transporte escolar, mas não é o que tem ocorrido.

Rebeca conta que na maioria dos casos, quando não se consegue garantir o direito por meio do processo administrativo, os conselheiros recomendam que os responsáveis recorram às vias judiciais. “Temos direcionado as famílias para entrarem com ação na defensoria pública com mandato de segurança”, relata.

Camila de Jesus Silva, desempregada, 24 anos nos relata as dificuldades para conseguir uma vaga para seu filho Luiz Otávio de apenas 1 ano e 3 meses “Já perdi duas vagas de emprego por causa de falta de vaga para o meu filho em Cmei, pois sem meu filho está matriculado, não tinha como eu ir trabalhar, tenho que ficar cuidando dele, estou há dois anos tentando, e esperando uma vaga, quando meu filho completou 6 meses de idade, tive problema com a vaga, por causa da idade dele, desde então não consegui vaga alguma, estou na luta tentando conseguir uma vaga.”

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