Entenda quais fatores podem levar a troca de bebês em maternidades goianas; gestantes têm se preocupado

Estima-se que ocorra uma troca de bebê a cada 6 mil nascimentos no país; tomando como base estes números, trata-se de mais de um caso por dia no Brasil

Postado em: 31-01-2022 às 11h33
Por: Alexandre Paes
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Estima-se que ocorra uma troca de bebê a cada 6 mil nascimentos no país; tomando como base estes números, trata-se de mais de um caso por dia no Brasil | Foto: Reprodução/Internet

Os bebês que podem ter sido trocados em uma maternidade em Goiás fizeram no último sábado (29/1) um novo exame de DNA. Foram coletadas amostras da saliva das mães e das crianças em um laboratório de Aparecida de Goiânia. A previsão é de que o resultado saia em dez dias úteis.

No primeiro exame de DNA, uma das mães, Juciara, recebeu um resultado inconclusivo. Ou seja, não sabe se o bebê é mesmo dela. Já o resultado da outra mãe, Viviane, deu negativo. Ou seja, não é dela o menino que levou para casa.

A suspeita de troca de bebês foi levantada pelo próprio hospital dias depois dos partos. O caso é investigado como crime de não identificação correta dos bebês, previsto no Estatuto Da Criança e do Adolescente.

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O medo das mães em ocorrer troca dos bebês

Estima-se que ocorra uma troca de bebê a cada 6 mil nascimentos no país; tomando como base estes números, trata-se de mais de um caso por dia no Brasil. Não existem números determinantes sobre o assunto, mas, estima-se que ocorra uma troca de bebês a cada 6 mil nascimentos.

As estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são de aproximadamente 3 milhões de nascimentos por ano no Brasil, o que resultaria em 500 pais deixando a maternidade com a criança errada (equivalente a mais de uma troca por dia).

O médico Gil Mendonça Brasileiro afirma que muitas maternidades sofrem com dificuldades financeiras, o que dificulta o investimento em tecnologias para impedir equívocos. “As maternidades já têm dificuldade em fazer a mãe dar a luz, de custear esse serviço, e por conta do baixo custo da tabela SUS, é difícil de encontrar obstetras no país”, diz.

De acordo com Brasileiro, as ações para coibir ou evitar trocas têm sido feitas “da maneira menos técnica possível”, por falta de recursos para investir em tecnologias que impeçam as trocas. Além disso, conforme Brasileiro, falta um cuidado maior no momento da alta hospitalar – o que também contribuiria para impedir o roubo de recém-nascidos.

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