Produção de mudas é duplicada para atender Goiânia

Comurg produz quase 80 mil mudas mensais entre árvores, mudas de forração, ornamentais e palmeiras. Ao todo são quatro viveiros que abastecem a cidade

Postado em: 25-09-2017 às 06h00
Por: Lucas de Godoi
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Comurg produz quase 80 mil mudas mensais entre árvores, mudas de forração, ornamentais e palmeiras. Ao todo são quatro viveiros que abastecem a cidade

Wilton Morais*

Em média, a Companhia Municipal
de Urbanização (Comurg), produz nos viveiros que abastecem a capital cerca de
cinco mil mudas de árvores, mensalmente. Ao todo são quatro viveiros, que além
de mudas de árvores são responsáveis pelas mudas de plantas menores usadas em
praças, e as ornamentais. De acordo com a Companhia, do ano passado até o início
deste ano, a produção dos viveiros foi duplicada.

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Em 2016 os viveiros Redenção e
Buritis estavam concentrados apenas na produção de mudas ornamentais e de
forração. Enquanto os Viveiros Nova Esperança e Meia-Ponte produziam uma
quantidade maior de árvores. Após a virada de ano, a partir de abril, a
produção passou a ser instruída e os viveiros equipados, tanto para a produção de
árvores quanto de mudas ornamentais e de forração.

O presidente da Comurg, Denes Pereira,
atribui o aumento da produção a organização dos viveiros. “Estavam em péssimos
estados, muitos desorganizados, baixa plantação de mudas, sujos. Hoje eles
estão organizados, e aumentamos a capacidade de produção. Além disso, no lugar
daqueles saquinhos de plástico, que usávamos para plantar as mudas, atualmente reciclamos
tudo. Tiramos do próprio lixo os vasilhames para plantar as mudas”, considerou.

A própria Comurg faz as
plantações. “Os próprios trabalhadores da Companhia, entendem nos locais da
cidade em que há semente, eles colhem as sementes da própria cidade. Não
compramos mudas”, explicou.

Para Denes, Goiânia possui muitas
áreas verdes, e seria inviável comprar mudas. “Se comprássemos ficaria caro demais.
Somos uma das cidades com o maior número de área verde, como capital. Os
profissionais têm conhecimento das plantas que serão plantadas, conhecem essa
realidade do jardim certo, da muda certa a ser plantada”, justificou.

De acordo com o presidente da
Comurg, o conhecimento trouxe melhoria nos viveiros e na cidade. “Não
possuíamos muito conhecimento há alguns anos, antes a Prefeitura errou em
plantar jamelões, os carros passavam e causavam acidentes, gerava um transtorno
muito grande”, reconheceu. “Até estamos estudando para que em alguns casos possamos
arrancar essa árvores e plantarmos outras”, considerou.

Árvores

Considerado os últimos 12 meses,
dede junho do ano passado, a média mensal da produção de árvores por parte do
município equivale a 5.436 mudas. Apenas o Viveiro Nova Esperança produziu 2.256
mudas mensalmente. São produzidas em média 810 mudas no Viveiro Redenção; 750
no Viveiro Buritis e 1.620 mudas no Viveiro Meia Ponte. As arvores são de
espécies como pê, Jacarandá Mimoso, Cambuí, Xixá, Cagaita, Angico.

Forração

“Na produção de forração, que são
mudas menores para os jardins da nossa cidade, a produção de Grama-Amendoim,
Alho-branco, Clorofito, Liriope, Orelha-de-lebre, melhorou de mais a nossa
capacidade. Hoje o viveiro da condição para cuidarmos da nossa cidade”,
considerou o presidente da Comurg.

Ao todo, são produzidas 24.580
mudas mensais dessas espécies nos quatro viveiros da Comurg. O recordista é o Viveiro
Buritis – 16.332 mudas. Já nos demais a produção é reduzida, são 4.100 mudas
mensais no Viveiro Redenção; 3.870 mudas no Viveiro Nova Esperança. E apenas
272 mudas no Viveiro Meia Ponte.

Ornamentais

Apenas de mudas ornamentais, os
quatro viveiros produzem 48.622 mudas. Entre as quais estão plantas como
Alpínia, Camará, Coléus, Cravão eDália. Apenas o Viveiro Buritis produz mais de
50% dessas plantas, são 27.107 mudas mensais.

Já outros dois viveiros são
responsáveis pela produção de palmeiras. Com a produção reduzida, em relação às
demais mudas são 257mudas mensais no Viveiro Nova Esperança e 264 mudas no
Viveiro Meia Ponte. O que representa a produção mensal de 521 mudas para a
cidade, mensalmente. São produzidas palmeiras Imperial, Areca de Locuba,
Princesa, Tamareira e Fênix.

Visitas

Denes Pereira conta ainda que muitos
colégios e a própria população pede para conhecer os viveiros da Comurg. “Essas
visitas acontecem com frequência, e a população pode conhecer os viveiros.
Basta agendar com a gente na Comurg. Além disso, nos nossos mutirões, a Agência
Municipal do Meio Ambiente e a Comurg possui parceria. Faz parte da cultura do
goianiense plantar árvores. Dessa maneira, nos mutirões há essa orientação,
para que a população plante no lugar correto. A árvore que não irá arrancar,
por exemplo, a calçada da sua residência”.

O presidente da Comurg também
avalia como positiva as mudanças nos viveiros, que proporcionam o abastecimento
de áreas verdes na Capital. “A Comurg é um empresa em que seus funcionários tem
amor pelo que faz. Antes trabalhavam no viveiro pessoas que não possuíam gosto
pelas plantas. Atualmente não há mais isso, diminuímos a quantidade de pessoal
no viveiro, e aumentamos a eficiência e a qualidade do trabalho. Há mudas novas
e ornamentais, por exemplo”, argumentou.

Fabricação de moveis

A Comurg também realiza a
produção de moveis, e materiais para a própria companhia com as velhas árvores
da cidade. “Há muitas árvores que infelizmente cai. Pegamos para fazer bancos
para praças. Também utilizamos algumas que a Amma condena, por estar com problemas
nas raízes ou atingindo a rede de fiação elétrica. Elas são todas reutilizadas
para esse sentido”, explica o presidente da Comurg, Denes Pereira.

A companhia possui um deposito,
que auxilia na produção desses materiais. “Dessa forma estamos reurbanizando as
praças da cidade. Locais onde pessoas são mais idosas, utilizamos para fazer
encosto. Isso também gera a reciclagem e a reutilização do meio ambiente. São
materiais feitos para a própria cidade, produção nossa para o município”,
avaliou Denes.

Com a aquisição de caminhões trituradores, a companhia
também consegue ganhar tempo e economizar com as viagens com galhos de poda. “Também
estamos utilizando caminhos trituradores. Ele economiza o trabalho na poda das
arvores, para fazermos adubo para nossas praças. A Comurg cuida bem forte do
verde, e trabalhamos dia e noite para manter as praças da cidade verde e bela”,
concluiu.  

(Wilton Morais é integrante do programa de estágio do
Jornal O Hoje, sob orientação de
Rhudy
Crysthian
) 

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