MPGO: servidores públicos de Jaraguá fazem limpeza urbana e lucram com contratos falsos

A Operação Limpeza Geral investiga desvios de recursos públicos, entre 2017 e 2020, no município

Postado em: 03-02-2022 às 15h43
Por: Augusto Sobrinho
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A Operação Limpeza Geral investiga desvios de recursos públicos, entre 2017 e 2020, no município | Foto: Reprodução

O Ministério Público de Goiás (MPGO) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (03/02), a Operação Limpeza Geral que investiga uma organização criminosa suspeita de desviar recursos da administração pública de Jaraguá, entre 2017 e 2020. Segundo o órgão, agentes públicos realizavam serviços de limpeza urbana e lucravam com a contratação de falsas empresas privadas do ramo.

A operação está sendo realizada por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) com apoio da Polícia Militar de Goiás (PMGO). São 25 mandados de busca e apreensão em Jaraguá (7), Anápolis (9), Goiânia (4), Luziânia (1), Senador Canedo (1), Valparaíso (1) e no estado de São Paulo (1) e no Distrito Federal (1).

Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Estadual dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e Lavagem ou Ocultação de Bens Direitos e Valores. O grupo criminoso seria formado por agentes públicos, que foram servidores públicos em Jaraguá durante 2017 e 2020, e particulares que fraudavam contratos celebrados com empresas para execução de diversos serviços.

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Durante esse período, o município pagou cerca de R $10 milhões por contratos celebrados com as pessoas jurídicas. Porém, de acordo com as investigações, apesar da administração pública ter contratado e pago as empresas investigadas, serviços foram executados por trabalhadores contratados pelo próprio município, por meio de agentes públicos ligados ao esquema ilícito.

Parte dos contratos suspeitos gira em torno de serviços de limpeza urbana. Além de desvios de dinheiro, diversos outros serviços, como a coleta de lixo, ficaram paralisados ocasionando transtornos à população local. Além disso, os trabalhadores contratados pelos investigados não receberam seus salários e outras verbas trabalhistas em dia, gerando dezenas de ações trabalhistas contra o município.

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