Secretaria de Estado da Saúde suspende uso da ferramenta “Mapa de Risco” da Covid-19

Secretaria informa que irá emitir notas técnicas com recomendações gerais sobre medidas sanitárias

Postado em: 07-02-2022 às 09h34
Por: Iara Godoi
Imagem Ilustrando a Notícia: Secretaria de Estado da Saúde suspende uso da ferramenta “Mapa de Risco” da Covid-19
Secretaria informa que irá emitir notas técnicas com recomendações gerais sobre medidas sanitárias | Foto: Reprodução

Antes utilizado para definir estratégias contra a Covid-19, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) suspendeu o uso do Mapa de Risco para avaliação da pandemia. De acordo com a pasta, no atual momento, a ferramenta não é a melhor medida para traduzir a realidade epidemiológica no território goiano. A decisão considera o avanço da vacinação e o perfil da variante do vírus que está em circulação.

Até a última atualização do mapa de risco, quatro regiões do Estado estavam em nível crítico. A plataforma ainda estava disponível no site da SES até a última atualização. No total, são 69 cidades distribuídas nestas regiões: São Patrício 1, Central, Oeste 2 e Pirineus. 

Estes municípios devem adotar medidas mais rígidas para tentar impedir a contaminação acelerada. De acordo com a Secretaria, as recomendações aplicadas em regiões classificadas como situação “crítica” ou de “calamidade” só poderão ser modificadas se a região apresentar melhora da situação por duas semanas consecutivas (14 dias). 

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Segundo a secretaria, nas ondas anteriores, o Mapa de Risco foi importante para avaliação da situação e auxílio na tomada de decisões, visto que ainda não estavam disponíveis medidas mais efetivas de controle da doença, como as vacinas. “Porém já é claro que a imunização é a melhor estratégia para redução de internações, casos graves e óbitos pela Covid-19 e que medidas não farmacológicas devem ser aplicadas e dosadas de acordo com o cenário”, diz o comunicado. 

A plataforma monitora o território goiano, apresentando um mapa de calor para determinar medidas de combate à Covid. São previstas três situações: alerta (amarelo), crítica (laranja) ou calamidade (vermelho). A partir da divisão de cada localidade, a intenção é que os municípios adotem medidas de combate e controle da Covid-19, com procedimentos padronizados. 

Restrições

Diversos municípios do Estado estão novamente adotando restrições para conter a contaminação. Em Goiânia, na última semana, a prefeitura voltou a flexibilizar algumas regras para estabelecimentos comerciais. Os estabelecimentos seguem autorizados a  funcionar seguindo rigorosamente os protocolos de distanciamento mínimo de 1,5m entre as mesas – contados de qualquer ponto de suas bordas – e respeitando a limitação de 60% da capacidade de ocupação máxima do espaço.

Ficou autorizada, ainda, apresentações ao vivo, desde que o espaço para a realização permita o distanciamento de 2,25m² entre os integrantes. Sons mecânicos, bem como as performances devem respeitar os limites de volume sonoro máximo da legislação já estabelecida. É permitido, também, a utilização de brinquedotecas e pistas de dança. O funcionamento de boates e similares, que possuírem o espaço para dança, devem respeitar a ocupação máxima de 60%.

Variante

Para justificar a não utilização do mapa, a secretaria ressalta que a variante que está predominantemente em circulação no momento atual apresenta características diferentes das demais, como a alta transmissibilidade, o que gera um número explosivo de novos casos em um curto período de tempo, exigindo controle dos contaminados e rastreamento de seus contatos para quebra da cadeia de transmissão.

“No momento, a SES-GO acredita que o controle rigoroso para acesso a locais fechados, com apresentação de comprovante de vacinação, teste com resultado negativo, uso de máscara e higienização das mãos são as medidas mais efetivas para o enfrentamento à pandemia”, diz. 

A partir dessas considerações, a pasta diz que trabalha na atualização da nota técnica que dispõe de recomendações gerais sobre medidas sanitárias que poderão ser seguidas pelos municípios. O documento considera o cenário atual da cobertura vacinal no Estado, além da redução da gravidade das internações e da taxa de letalidade da doença, apesar do número elevado de casos neste momento. Estas recomendações e estratégias podem e devem ser alteradas de acordo com o cenário epidemiológico e evidências apresentadas.

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