Dia Mundial Contra a Raiva lembra a importância do veterinário no combate

Cerca de dois terços dos países do mundo ainda são afetados pela raiva e, dentre todos os casos registrados em humanos, mais de 95% são causados por mordeduras de cães infectados

Postado em: 28-09-2017 às 16h10
Por: Victor Pimenta
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Cerca de dois terços dos países do mundo ainda são afetados pela raiva e, dentre todos os casos registrados em humanos, mais de 95% são causados por mordeduras de cães infectados

Dados do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV)
informam que uma pessoa é vítima do vírus da raiva a cada 15 minutos, o que
representa quase 60 mil mortes todos os anos, sendo a maioria delas crianças de
países em desenvolvimento. Neste dia 28 de setembro, comemora-se o Dia Mundial
Contra a Raiva, uma data para lembrar o quão preocupante é quadro e como o
médico veterinário um importante agente de mudança.

“A raiva continua a ser uma grande preocupação mundial. É uma
doença negligenciada, com praticamente 100% de letalidade e alto custo na
assistência preventiva às pessoas expostas ao risco de adoecer e morrer”,
avalia a médica veterinária Adriana Vieira, integrante da Comissão Nacional de
Saúde Pública Veterinária (CNSPV/CFMV).

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O CFMV destaca que o veterinário é o único profissional que
pode atuar na prevenção da raiva nas três esferas da saúde envolvidas no
contágio da doença: animal, humana e ambiental. O profissional tem uma
atribuição fundamental nesse processo, atuando nas campanhas de vacinação, no
controle populacional de cães em situação de rua e na conscientização da
população a respeito dos princípios de guarda responsável.

Cerca de dois terços dos países do mundo ainda são afetados
pela raiva e, dentre todos os casos registrados em humanos, mais de 95% são
causados por mordeduras de cães infectados, informa os dados da Organização
Mundial de Saúde (OMS). A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) estima que,
para ser efetiva, uma campanha de vacinação contra a raiva deve cobrir ao menos
70% da população de cães nas zonas afetadas pela doença. A entidade calcula
que, além de impedir a transmissão do vírus e salvar vidas de animais e
humanos, o custo da imunização canina teria um custo quase 10 vezes menor do
que os valores já investidos no tratamento emergencial de pessoas acometidas
pela doença.

Até 2030

Considerando a necessidade de medidas emergenciais contra a
raiva, a OMS e a OIE, em colaboração com a Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e a Agricultura (FAO) e com o apoio da Aliança Global para o
Controle da Raiva (GARC), definiram 2030 com o ano limite para a erradicação da
doença em humanos. A meta foi traçada em 2015 durante a Conferência Mundial
sobre “Eliminação global da raiva humana transmitida por cães: o momento é
agora”, em Genebra, na Suíça. 

Com informações do Conselho Federal de Medicina Veterinária. (Foto: Reprodução)

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