Apesar de registrar poucas mortes, Goiás ainda tem 80% de leitos de UTI para Covid-19 ocupados

Nas últimas 24 horas, foram registrados 3.282 infecções pelo coronavírus e 3 mortes para a Covid-19

Postado em: 10-02-2022 às 17h39
Por: Augusto Sobrinho
Imagem Ilustrando a Notícia: Apesar de registrar poucas mortes, Goiás ainda tem 80% de leitos de UTI para Covid-19 ocupados
Nas últimas 24 horas, foram registrados 3.282 infecções pelo coronavírus e 3 mortes para a Covid-19 | Foto: Reprodução

A Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO) informou que, nas últimas 24 horas, foram registrados 3.282 infecções pelo coronavírus e 3 mortes. Entretanto, conforme mapeamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado,nesta quinta-feira (10/02), o Estado está com 80% de leitos de terapia intensiva para covid-19 ocupados junto a outras oito unidades da federação.

No total, o Estado tem 1.094.916 infectados pelo vírus, 25.284 óbitos confirmados e 1.010.442 pessoas recuperadas. Além disso, nas últimas 24 horas, mais 9.558 goianos foram vacinados contra a Covid-19 com a primeira dose e 13.572 foram completamente imunizados com a segunda dose ou a dose única. No total, o Estado já imunizou 76,48% da população  com a primeira dose e 65,49% com a segunda dose ou dose única.

Porém, segundo a Fiocruz, nove unidades da federação e 15 capitais ultrapassaram o patamar de 80% de leitos de terapia intensiva para covid-19 ocupados no Sistema Único de Saúde (SUS). Os pesquisadores do Observatório Covid-19 da Fiocruz destacam a persistência de taxas de ocupação de leitos de UTI em níveis críticos nos estados e capitais do Nordeste e Centro-Oeste e no Espírito Santo.

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As nove unidades da federação que apresentam pior situação são Tocantins (81%), Piauí (87%), Rio Grande do Norte (89%), Pernambuco (88%), Espírito Santo (87%), Mato Grosso do Sul (92%), Mato Grosso (81%), Goiás (80%) e Distrito Federal (99%).

As 15 capitais são Porto Velho (91%), Rio Branco (80%), Palmas (81%), Teresina (taxa não divulgada, mas estimada superior a 83%), Fortaleza (85%), Natal (percentual estimado de 81%), João Pessoa (81%), Maceió (82%), Belo Horizonte (82%), Vitória (89%), Rio de Janeiro (86%), Campo Grande (99%), Cuiabá (81%), Goiânia (91%) e Brasília (99%).

Vacinação

A Fiocruz vê com preocupação a disseminação da variante Ômicron para áreas do país que registram baixas coberturas vacinais e menos recursos assistenciais, o que pode aumentar o número de vítimas da doença. “Como temos sublinhado, a elevadíssima transmissibilidade da variante Ômicron pode incorrer em demanda expressiva de internações em leitos de UTI, mesmo com uma probabilidade mais baixa de ocorrência de casos graves”, afirma o texto.

Diante disso, as recomendações dos pesquisadores são avançar na vacinação, principalmente de crianças de 5 a 11 anos, além de endurecer medidas como a obrigatoriedade do uso de máscara e a exigência de passaporte vacinal. A fundação tem reafirmado reiteradamente em suas notas técnicas que pessoas vacinadas até a dose de reforço têm risco reduzido de agravamento da doença, apesar de essa possibilidade continuar a existir principalmente entre pessoas de idade avançada ou com comorbidades. 

Dados de autoridades sanitárias locais têm indicado que os não vacinados são maioria entre os casos de internação e óbitos. Um levantamento divulgado na segunda-feira (7), pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas, mostra que 82% das mortes registradas na unidade nos últimos três meses são de pessoas que não concluíram a vacinação. (Com informações da Agência Brasil).

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