Quinta-feira, 28 de março de 2024

Segundo SES-GO, mais de 80 municípios estão com apenas 65% da população imunizada

É possível ter uma na redução da taxa de leitos se tiver pelo menos 80% da população vacinada

Postado em: 14-02-2022 às 08h26
Por: Daniell Alves
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É possível ter uma na redução da taxa de leitos se tiver pelo menos 80% da população vacinada | Foto: Reprodução

Mesmo com vacinas sobrando, 84 municípios goianos estão com somente 65% da população imunizada contra a Covid-19, aponta o boletim da Secretaria de Saúde do Estado (SESGO). A taxa em outras 45 cidades gira em torno de 65% e 70%. Contudo, a baixa adesão à dose de reforça ainda preocupa as autoridades no Estado. 

Estudos mostram que só é possível ter um impacto considerável na redução da taxa de ocupação dos leitos e óbitos se pelo menos 80% da população estiver vacinada. “Se essas pessoas vão deixando de se vacinar, demora mais a chegar nesse percentual de 80% e mais ainda a ter o impacto esperado. Para todas as vacinas, exceto a da Janssen- que é dose única –, para se ter imunidade, a proteção máxima, é preciso tomar as duas doses. Uma só não resolve. E aquela imunidade de rebanho que são os 80% da população vacinada, quando eu falo vacinada, é completamente vacinada”, reforça a superintendente de Vigilância Sanitária, Flúvia Amorim. 

Atualmente, Goiás tem cerca de 1,9 milhão de pessoas que não completaram ainda o esquema vacinal contra a Covid-19. Apesar de 63% da população (4,4 milhões de pessoas) estarem em dia com a proteção (com duas e três doses), a baixa procura pelas doses de reforço preocupa as autoridades de saúde.

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Clarice Carvalho, gerente de Imunização da SES alerta para o risco de infecção e internação, e até mesmo o óbito, das pessoas que não concluíram o ciclo de vacinação contra a doença. A gestora lembra ainda os números atuais de ocupação de leitos na rede estadual de saúde em função da pandemia. As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) têm hoje 74% de sua capacidade utilizada com pessoas em tratamento de Covid, enquanto nas enfermarias esse número é de 63%.

UTIs

Até a última atualização feita pela reportagem, a taxa de ocupação das UTIs na rede estadual estava em 74% com 60 disponíveis. De acordo com a SESGO, o monitoramento dos casos por Covid-19 está sendo feito constantemente. O órgão confirma o número de contaminados é grande e crescente, o que impacta proporcionalmente no número de internações.

Por isso, a estratégia tem sido manter o nível de ocupação em torno de 85% e transferir leitos gerais para Covid-19 em blocos de dez e em alas dedicadas e isoladas. O governador Ronaldo Caiado explica que ampliar a rede é importante e isso está sendo feito. “Neste momento é um remanejamento dinâmico, de acordo com a necessidade, mas é necessário reforçar a importância da vacinação”, diz. 

Ele defende a vacinação pontuando que é a única forma de impedir o agravamento da Covid-19. “A imunização é a única forma de evitar as formas mais graves da Covid-19. Estamos fazendo a nossa tarefa de casa, mas contamos com a conscientização de todos. Mantenha o seu cartão de vacinação atualizado”, alerta. 

Reforço 

As doses de reforço não apenas reforçam a proteção imunológica já atingida com as anteriores, elas são fundamentais para impedir agravamentos que podem levar à morte. É o que ressalta o secretário de Saúde de Aparecida de Goiânia, Alessandro Magalhães. Segundo ele, com o avanço da vacinação, a SMS do município tem constatado uma redução e estabilidade das taxas de internação hospitalar para tratamento da covid-19 em Aparecida. “Não podemos deixar que essa tendência positiva seja ameaçada por uma cobertura vacinal insuficiente”, diz. 

Prevenção 

Enquanto isso, a saúde recomenda as medidas não farmacológicas. “Como uso correto de máscara, distanciamento físico, etiqueta respiratória, correta higienização das mãos e, principalmente, a vacinação completa com dose de reforço”, enumera Flúvia Amorim. Ela destaca ainda que a população deve adotar “todos os cuidados que minimizem o risco de infecção ou disseminação da Covid-19 em suas rotinas”.

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