Após vazamento em frigorífico, funcionários passam mal
Se tiver contato físico com a pele, a amônia pode causar ainda queimaduras graves
Por: Guilherme Araújo
Funcionários de uma unidade do frigorífico da Marfrig, em
Pirenópolis, passaram mal após um vazamento de amônia. Um grupo de 38 pessoas
foi levado ao hospital da cidade com dor de cabeça e náusea. De acordo com o
Corpo de Bombeiros, o problema aconteceu após o aumento de pressão em um dos
setores da empresa.
Se tiver contato físico com a pele, a amônia pode causar
ainda queimaduras graves. Mas geralmente a inalação causa falta de ar, tonturas
e desmaios. A ocorrência foi na segunda-feira (2). Nenhum trabalhador ficou
gravemente ferido.
De acordo com a corporação, com a alta na pressão, a válvula
de segurança se abriu e liberou o gás para a atmosfera na casa de máquinas,
onde não fica nenhum funcionário. Mas uma corrente de ar fez com que essa nuvem
entrasse em contato com os funcionários que deixavam a fábrica.
Os trabalhadores foram socorridos e levados para o Hospital
Ernestina Lopes Jaime. Eles foram tratados com oxigênioterapia, corticoide e
hidratação. Todos foram liberados por volta das 18h.
O frigorífico ficou interditado até que fossem feitas
adaptações na unidade para evitar novos acidentes. Na tarde de ontem, o Corpo
de Bombeiros fez uma vistoria no local para constatar se havia sido feita todas
as adequações necessárias. O local já foi liberado para reabertura das
atividades.
Em nota, a Marfrig informou que todos os procedimentos de
emergência foram imediatamente adotados e o problema, solucionado. A empresa
explicou que prestou todo o apoio os funcionários intoxicados e que as
operações da unidade já estavam sendo retomadas desde a tarde de ontem.
Senador Canedo
Em setembro do ano passado, um vazamento também de amônia em
um frigorífico da JBS intoxicou mais de 60 pessoas em um frigorífico da
empresa, em Senador Canedo, Região Metropolitana. O acidente aconteceu em um
cano externo da empresa, mas o ar contaminado entrou pelas janelas e afetou os
trabalhadores.
Em julho deste ano, uma outra unidade do mesmo grupo, em
Mato Grosso, também registrou vazamento da mesma substância o causou a
internação de 19 trabalhadores. De acordo com a empresa, todos os funcionários
tiveram alta em seguida, sem nenhuma ocorrência de caso grave. As atividades no
local também foram retomadas na sequência. (Rhudy Crysthian)
