MP-GO oferece denúncia contra homem que matou casal

Crime ocorreu por motivo fútil e mediante o uso de recurso que dificultou a defesa deles

Postado em: 05-10-2017 às 18h45
Por: Lucas de Godoi
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Crime ocorreu por motivo fútil e mediante o uso de recurso que dificultou a defesa deles

O promotor de Justiça Maurício Gonçalves de Camargos
ofereceu denúncia contra Ricardo de Oliveira Sousa Lobo, pelo homicídio
duplamente qualificado de Camila Edna Silveira de Oliveira e Mário Silva de
Moura, ocorrido em Goiânia. Eles foram mortos na noite de 17 de setembro pelo
acusado, que se irritou ao saber que Camila havia encaminhado fotos dele em uma
festa para sua mulher, Gleicy Silveira Pita. Camila, que era prima da mulher de
Ricardo, e o noivo dela, Mário, foram assassinados por motivo fútil e mediante
o uso de recurso que dificultou a defesa deles.

Segundo detalhado na denúncia, no dia do crime, um domingo,
o denunciado saiu de casa por volta de 11 horas e disse para a sua mulher que
iria comprar alguns produtos alimentícios, e também resolver algumas questões
financeiras. No entanto, ele foi para uma festa na casa de uma blogueira,
enquanto Gleicy passou o dia todo trabalhando na lanchonete de propriedade
deles. Por volta de 22h40 daquele dia, ela percebeu que o denunciado não havia
retornado para casa, nem lhe dado notícia, quando recebeu uma mensagem de
Camila, via celular, contando-lhe que havia visto que Ricardo estava em uma
festa acompanhado de mulheres, e lhe mandou os “prints” do vídeo em que ele
aparecia.

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Em seguida, o denunciado chegou em sua residência e viu pela
fresta do portão que Gleicy estava conferindo algo no celular. Quando ela abriu
o portão, entrou e, bastante nervoso, foi logo questionando-a, indagando com
quem ela estava falando ao celular. Para evitar aborrecimentos, Gleicy
desconversou. Desconfiado, Ricardo pegou o celular de Gleicy e viu as mensagens
de Camila, então, perguntou em tom agressivo: “por que você está tendo este
tipo de conversa com ela?”

Nervoso, Ricardo pegou Gleicy pelo braço e a levou à força
para o veículo dele, e saíram com destino à casa das vítimas, levando também o
filho, de 1 ano e 8 meses. Após chegarem ao local, ele desceu do carro com o
celular da Gleicy na mão e tocou o interfone. Quando a vítima Camila abriu o
portão, Ricardo apontou o celular para o rosto dela e, em seguida,
surpreendendo-a, sacou a arma de fogo que trazia na cintura e atirou mais de
uma vez na direção dela, atingindo-a, e ignorando as súplicas da mulher, que
gritava: “Não atira. Não atira. Não atira”. Na sequência, o denunciado atirou
também em Mário, matando-o.

Ricardo compareceu espontaneamente na delegacia para ser
interrogado, confessou o crime e foi preso, em cumprimento a mandado de prisão
temporária. Desse modo, o promotor pediu ainda que seja decretada a prisão
preventiva do denunciado. Para Maurício Gonçalves de Camargos, “tendo em vista
o alto grau de probabilidade de condenação e o rigor das penas previstas, são
fatores que causarão inquietude ao denunciado, fazendo com que ele fuja do
distrito da culpa. Portanto, trata-se de motivo que justifica a sua prisão
preventiva.”

(MP-GO) 

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